sexta-feira, 31 de maio de 2013

OS PLANETAS ANÕES DO SISTEMA SOLAR


Os Planetas Anões do Sistema Solar

O Sistema Solar é constituido por vários planetas anões:

Plutão, Éris e Ceres. (os primeiros a serem classificados como tal).
Makemake (formalmente designado em Julho de 2008, pela União Astronómica Internacional)
Haumea (confirmado como planeta anão a partir de 18 de Setembro de 2008).

PLUTÃO

Até 2006, Plutão foi considerado um planeta principal do Sistema Solar, mas a descoberta recente de vários corpos de tamanho semelhante e, em alguns casos, maiores, no Cinturão de Kuiper, fez com que a União Astronómica Internacional (U.A.I.) decidisse, em 24 de Agosto de 2006, considerá-lo um planeta anão, juntamente com Éris e Ceres, o maior dos asteróides. Plutão é agora visto como o primeiro de uma categoria de objectos trans-neptunianos e foi-lhe atribuído o número 1340340 no catálogo de planetas menores.

A descoberta do seu satélite Caronte, em 1978, permitiu a determinação da massa do sistema Plutão-Caronte, por meio da simples aplicação da fórmula newtoniana da 3.ª lei de Kepler. O diâmetro de Plutão foi finalmente calculado, sendo equivalente a menos de 0,2 do da Lua. As características físicas de Plutão são, em grande parte, desconhecidas, porque ainda não recebeu a visita de uma nave espacial e a distância a que se encontra da Terra dificulta investigações mais detalhadas. Actualmente a sonda da NASA "New Horizons" (a mais veloz até hoje construída pelo homem) dirige-se para Plutão, cuja atmosfera vai investigar em 2015.


ÉRIS


É conhecido oficialmente como 136199 Eris, é um planeta anão nos confins do sistema solar, numa região do sistema solar conhecida como disco disperso. É o maior planeta-anão do sistema solar e quando foi descoberto, ficou desde logo informalmente conhecido como o "décimo planeta", devido a ser maior que o então planeta Plutão.
Éris tem um período orbital de cerca de 560 anos e encontra-se a cerca de 97 Unidades Astronómicas (UA) do Sol (uma UA equivale a cerca de 150 milhões de quilómetros), em seu afélio. Como Plutão, a sua órbita é bastante excêntrica, e leva o planeta a uma distância de apenas 35 UA do Sol no seu periélio (a distância de Plutão ao Sol varia entre 29 e 49,5 UA, enquanto que a órbita de Neptuno fica por cerca de 30 UA).

CERES


É um planeta anão que se encontra na cintura de asteróides, entre Marte e Júpiter. Tem um diâmetro de cerca de 950 km e é o corpo mais maciço que se encontra nessa região do sistema solar, contendo cerca de um terço da massa total da cintura de asteróides.

Apesar de ser um corpo celeste relativamente próximo do nosso planeta, pouco se sabe sobre Ceres.

A sua classificação mudou mais de que uma vez: na altura em que foi descoberto foi considerado como um planeta, mas após a descoberta de corpos celestes semelhantes na mesma área do sistema solar, levou a que fosse reclassificado como um asteróide por mais de 150 anos.
No início do século XXI, novas observações mostraram que Ceres é um planeta embrionário com estrutura e composição muito diferentes das dos asteróides comuns e que permaneceu intacto provavelmente desde a sua formação, há mais de 4 600 milhões de anos. Pouco tempo depois, foi reclassificado como planeta anão. Pensava-se, também, que Ceres fosse o corpo principal da "família Ceres de asteróides". Contudo, Ceres mostrou-se pouco aparentado com o seu próprio grupo, inclusive em termos físicos. A esse grupo é agora dado o nome de "família Gefion de asteróides".

HAUMEA

Haumea, antes conhecido astronomicamente como 2003 EL61, é um planeta anão do tipo plutóide, localizado a 43,3 UA do Sol, ou seja um pouco mais de 43 vezes a distância da Terra ao Sol, em pleno Cinturão de Kuiper. Haumea possui dois pequenos satélites naturais, Hiʻiaka e Namaka, que, acredita-se, sejam destroços que se separaram de Haumea devido a uma antiga colisão. Haumea é um plutóide com características pouco comuns, tais como a sua rápida rotação, elongação extrema e albedo elevado devido a gelo de água cristalina na superfície. Pensa-se, também, tratar-se do maior membro de uma família de destroços criados num único evento destrutivo.
Apesar de ter sido descoberto em dezembro de 2004, só em 18 de setembro de 2008 é que se confirmou tratar-se de um planeta anão, recebendo então o nome da deusa havaiana do nascimento e fertilidade.


MAKEMAKE



Planeta anão Makemake - Também designado um plutóide
Makemake é o terceiro maior planeta anão do Sistema Solar e um dos maiores corpos do Cinturão de Kuiper. O seu diâmetro é de cerca de três-quartos do de Plutão. Não possui satélites conhecidos, o que o torna singular entre os corpos maiores do Cinturão. A sua superfície é coberta por gelo de metano e, possivelmente, de etano, devido à baixíssima temperatura média (cerca de 240 ºC negativos).

De início conhecido como 2005 FY9 (e antes disso, provisoriamente, como "coelhinho da Páscoa"), Makemake foi descoberto em 31 de Março de 2005 por uma equipa chefiada por Michael Brown. O facto foi anunciado em 29 de Julho de 2005. Posteriormente, a 11 de Junho de 2008, a União Astronómica Internacional (UAI) incluiu-o em sua lista de candidatos potenciais ao status de plutóide, uma denominação para planetas anões além da órbita de Neptuno que incluía então apenas Plutão e Éris. Makemake foi formalmente designado um plutóide em Julho de 2008.
Makemake recebeu o nome do criador mítico da humanidade segundo os rapanui, nativos da ilha de Páscoa.

O ASTERÓIDE 1988 QE2


Asteroide passará a 5,8 milhões de quilômetros da Terra nesta sexta


AFP Em Washington
29/05/2013

O asteróide 1998 QE2 passará sobre a Terra nesta sexta-feira (31). Com 2,7 quilômetros, o objeto não oferece riscos, pois passará a 5,8 milhões de quilômetros do nosso planeta, ou seja, cerca de 15 vezes a distância entre a Lua e a Terra. Na imagem acima, a órbita da Terra é representada pela linha azul a do asteroide, pela linha verde Nasa/JPL-Caltech

Um asteróide de 2,7 quilômetros de diâmetro se aproximará da Terra nesta sexta-feira (31) sem trazer riscos, pois passará a 5,8 milhões de quilômetros do planeta ou cerca de 15 vezes a distância entre nosso planeta e a Lua, informou a Nasa (Agência Espacial Norte-Americana).

Embora esse asteróide, denominado 1998 QE2, não represente interesse para os cientistas que estudam os objetos que potencialmente ameaçam a Terra, também será examinado pelos astrônomos que tentam descobrir os segredos destes visitantes celestes.

"O asteróide 1998 QE2 é um objeto de grande interesse para o radiotelescópio de Goldstone, na Califórnia, e o telescópio de Arecibo, em Porto Rico, porque esperamos conseguir imagens de alta resolução que podem revelar muitas características de sua superfície", disse o astrônomo Lance Benner, principal encarregado científico do radar Goldstone no Laboratório de Propulsão a Jato (JPL), da Nasa, em Pasadena, na Califórnia, nos Estados Unidos.

As imagens deste telescópio permitem ver claramente uma porção de 3,75 metros de comprimento a uma distância de quase seis milhões de quilômetros.

"Cada vez que um asteróide se aproxima da Terra, proporciona uma oportunidade científica importante para estudá-lo em detalhe para compreender seu tamanho, forma, rotação e as características de sua superfície, e tudo o que nos permite esclarecer suas origens", disse.

"Também vamos usar as novas medidas para reavaliar sua distância da Terra e sua velocidade, o que permite melhorar os cálculos de sua órbita e trajetória no futuro", acrescentou o astrônomo.

O asteróide estará mais perto da Terra em 31 de maio às 20h59 GMT (17h59, no fuso de Brasília), afirma a Nasa. Este será seu sobrevoo mais próximo em mais de dois séculos.

O asteróide 1998 QE2 foi descoberto em 19 de agosto de 1998 por astrônomos do programa de pesquisas de asteroides próximos à Terra no Instituto de tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), perto de Socorro, no Novo México, região Sudoeste dos Estados Unidos.

A Nasa, que considera a busca por asteróides uma alta prioridade, já identificou e indexou mais de 98% dos maiores asteróides, de mais de um quilômetro de diâmetro, que estão nas proximidades da Terra. Os astrônomos detectaram e catalogaram 9.500 objetos celestes de todos os tamanhos que cruzam perto da Terra, provavelmente um décimo do total.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

KEPLER FORA DE OPERAÇÃO

Caçador de planetas da Nasa pifa, mas estudos continuam
29/05/2013

A mais ambiciosa e poderosa missão de caça a planetas pode ter um fim prematuro. Mas ainda haverá novas descobertas vindas do satélite Kepler durante anos.

O telescópio da Nasa, agência espacial americana, parou de colher dados científicos em 11 de maio, após a pane de um de seus giroscópios.

São quatro ao todo, e sua função é permitir o direcionamento preciso do telescópio para a região do céu escolhida para a pesquisa, onde ele monitora cerca de 150 mil estrelas em busca de sinais de planetas ao seu redor.

A precisão oferecida pelos giroscópios é de um milionésimo de grau, e o Kepler poderia operar com só três deles. Só que um já havia pifado no ano passado e, agora, outro encalhou.

O satélite entrou em "modo de segurança" (como um computador doméstico quando tem um problema) e sua orientação é mantida por propulsores. Os engenheiros do projeto elaboram um plano que tentará recuperar um dos dois dispositivos pifados.

"Qualquer ação de recuperação levará tempo", diz Roger Hunter, gerente da missão. "Possivelmente meses."



FUTURO DA PESQUISA


Embora a interrupção da missão --sem falar no possível término-- seja desanimadora, é importante lembrar que o satélite, lançado em 2009, cumpriu sua meta primária de operar por 3,5 anos.

Durante esse período, o sucesso foi grande. Além de 132 planetas comprovadamente descobertos, a análise inicial aponta que ainda há 2.608 candidatos a verificar, além de outros que podem estar escondidos nos dados brutos.

Com isso, pela primeira vez os astrônomos puderam estimar de forma realista o número de planetas na Via Láctea --na casa dos 100 bilhões.

Mas o grande prêmio da caça aos planetas ainda não foi conquistado: a localização de um mundo do exato tamanho da Terra e na mesma posição com relação a uma estrela similar ao Sol.

Para isso, novos projetos devem pegar o bastão de onde o Kepler deixou. Entre eles está seu sucessor direto, batizado pela Nasa de Tess (sigla para Satélite de Pesquisa de Exoplanetas em Trânsito).

"O Tess vai fazer a primeira pesquisa de trânsitos no céu inteiro, cobrindo 400 vezes mais céu do que qualquer missão anterior", diz George Ricker, do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), que lidera a missão.

A ESA (agência espacial europeia) também trabalha num sucessor para seu próprio satélite caçador de planetas, o Corot. Batizado de Plato, ele ainda não tem data de lançamento, mas deve sair depois do americano, programado para 2017.

Já o Telescópio Espacial James Webb, da Nasa, será capaz de sondar até a composição atmosférica de alguns exoplanetas rochosos. Pode até pintar o primeiro sinal concreto de um planeta que tenha vida. Mas isso só após o lançamento, em 2018.

Em solo, os instrumentos preferenciais para caçar planetas são os espectrógrafos, que detectam a assinatura de luz do bamboleio gravitacional de uma estrela, conforme planetas giram ao seu redor.

Uma nova geração desses instrumentos está sendo preparada para os grandes telescópios já operacionais, como os do Observatório Europeu do Sul, no Chile.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

ANARQUIA



Observatório mostra 'anarquia' em berçário de novas estrelas
A imagem exibe a formação estrelar na nebulosa NGC 6559, um berçário de novas estrelas localizado a 5 mil anos-luz da Terra
A nova imagem do berçário de novas estrelas foi registrada por um telescópio dinamarquês, localizado no Chile Foto: ESO / Divulgação A nova imagem do berçário de novas estrelas foi registrada por um telescópio dinamarquês, localizado no Chile Foto: ESO / Divulgação

02 de Maio de 2013

O Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) divulgou nesta quinta-feira uma nova imagem da nebulosa NGC 6559 feita por um telescópio dinamarquês de 1,54 metros, situado no Observatório de La Silla, no Chile. Segundo o observatório, a foto exibe a "surpreendente anarquia que reina quando estrelas se formam dentro de uma nuvem interestelar".

A NGC 6559 é uma nuvem de gás e poeira situada a uma distância de cerca de 5 mil anos-luz da Terra, na constelação de Sagitário. Esta região brilhante é relativamente pequena, apenas com alguns anos-luz de dimensão, contrastando com os mais de 100 anos-luz, que é o tamanho da sua vizinha mais famosa, a Nebulosa da Lagoa. Embora seja muitas vezes negligenciada a favor da sua companheira, é NGC 6559 que tem papel principal na nova imagem.

O gás presente nas nuvens, principalmente hidrogênio, é a matéria prima da formação estelar. Quando a região no interior da nebulosa acumula matéria suficiente, acontece um colapso sob o efeito da sua própria gravidade. O centro da nuvem torna-se cada vez mais denso e quente, até que se inicia a fusão termonuclear e a estrela nasce. Os átomos de hidrogênio combinam-se para formar átomos de hélio, libertando energia neste processo e fazendo assim com que a estrela brilhe.

Estas estrelas brilhantes, jovens e quentes, que nascem a partir da nuvem, emitem radiação que é absorvida e reemitida pelo hidrogênio gasoso que ainda se encontra presente na nebulosa circundando as estrelas recém nascidas, e originando assim a região vermelha brilhante que pode ser observada no centro da imagem.

No entanto, NGC 6559 não é apenas constituída por hidrogênio gasoso. Contém também partículas sólidas de poeira compostas por elementos pesados, tais como carbono, ferro ou silício. A mancha azulada próxima da nebulosa de emissão vermelha, mostra a radiação emitida pelas estrelas recém-formadas a ser dispersada - refletida em muitas direções diferentes - pelas partículas microscópicas presentes na nebulosa. Conhecida pelos astrônomos como uma nebulosa de reflexão, este tipo de objeto é muitas vezes azul, porque a dispersão é mais eficaz para os comprimentos de onda menores.

A Via Láctea preenche o fundo da imagem com inúmeras estrelas amareladas, mais velhas. Algumas parecem tênues e avermelhadas devido à poeira existente em NGC 6559.

Esta imagem de formação estelar foi obtida pelo instrumento DFOSC (sigla do inglês para Danish Faint Object Spectrograph and Camera), montado no telescópio dinamarquês, que opera em La Silla desde 1979. Tendo sido recentemente melhorado, é atualmente um telescópio de vanguarda operado remotamente.

ISON, O COMETA DO SÉCULO




'Cometa do século' pode criar chuva de meteoros ao passar pela Terra
Chuva de meteoros incomum pode atingir a Terra em passagem de cometa. Meteoros dificilmente serão visíveis e não trazem risco, segundo a Nasa
Hubble registrou em abril o cometa que poderá brilhar tanto quanto a Lua Cheia
registrou em abril o cometa que poderá brilhar tanto quanto a Lua Cheia

29 de Abril de 2013

O cometa Ison, que deve iluminar o céu da Terra até 2014 e poderá ser, devido ao seu brilho, o "cometa do século", pode criar uma incomum chuva de meteoros, de acordo com cientistas. Quando passar próximo à Terra neste ano, em novembro, é possível que a poeira deixada pela cauda do cometa crie uma estranha chuva quando o planeta receber o fluxo de minúsculas partículas que faziam parte do cometa.

"Em vez de queimar em um flash de luz, elas (as partículas) vão se mover suavemente para a Terra abaixo", afirmou em um comunicado o cientista especializado em meteoros Paul Wiegert, da University of Western Ontario.


As partículas de poeira vão viajar à velocidade de 201.168 km/h, porém assim que atingirem a atmosfera terrestre vão desacelerar até parar, apontam os modelos computacionais utilizados por Wiegert. Por conta disso, observadores provavelmente não poderão ver os meteoros enquanto eles passam pela atmosfera do planeta em janeiro de 2014, acredita o pesquisador.

O cometa Ison poderá brilhar tão intensamente quanto a Lua Cheia quando passar no ponto mais próximo ao Sol de sua trajetória. Acredita-se que o corpo celeste poderá ser visto a olho nu com um brilho intenso na Terra, quem sabe até mesmo durante o dia. O cometa não traz qualquer ameaça à vida na Terra, de acordo com a Nasa (agência espacial americana).




Descoberta
O Ison foi descoberto pelos astrônomos russos Vitali Nevski e Artyom Novichonok em setembro de 2012. O nome dado foi o da instituição na qual os dois trabalham, a International Scientific Optical Network.

No dia 28 de novembro, ele deve chegar a uma distância não muito maior do que um milhão de quilômetros da superfície da estrela.​

Se o cometa sobreviver a esta passagem, deve se afastar do Sol ainda mais brilhante do que antes e poderá iluminar os céus da Terra em janeiro de 2014.

No entanto, cometas são imprevisíveis, e o Ison poderá se desintegrar durante a passagem nas proximidades do Sol.