sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

SONDA MOSTROU O COMETA HARLEY 2 BEM DE PERTO




Imagem feita pela sonda da Nasa nesta quinta-feira (4) mostra o cometa Hartley 2 de perto


04/11/2010

Sonda americana sobrevoa cometa Hartley 2 e envia as primeiras imagens

A sonda americana Epoxi, antes chamada de Deep Impact, sobrevoou nesta quinta-feira (4) o cometa Hartley 2, alcançando uma distância de apenas 700 km em relação a seu núcleo. Uma série de fotos já foram enviadas para os astronautas da Nasa (agência espacial americana).

Esta foi a quinta vez na história que uma nave se aproxima o suficiente de um cometa para tirar fotos de seu núcleo. Mas é a missão que deve resultar em uma quantidade inédita de informações.

A passagem de Epoxi (Observação Planetária Extrasolar e Investigação Estendida Impacto Profundo) perto de Hartley 2, após uma viagem de dois anos e meio, ocorreu às 14H02 GMT (12H02 de Brasília).

A sonda, equipada com câmeras e outros instrumentos de medição, fez uma viagem equivalente a 18 vezes a distância entre a Terra e o Sol.

Sua missão é observar a temperatura de Hartley 2, medir seu tamanho, criar um modelo de seu núcleo, estudar a distribuição de gases e poeira, catalogar os diferentes compostos voláteis, tirar fotos da superfície do núcleo e registrar a forma como as crateras são distribuídas.

O Hartley 2 foi descoberto por Malcolm Hartley em 1986 com ajuda de um telescópio Schmidt do observatório de Siding Spring, na Austrália. Ele passa entre a Terra e o Sol a cada 6,46 anos.

O cometa, com sua calda verde, se aproximou no dia 20 de outubro a 18 milhões de km da Terra, o mais próximo que pode chegar.

* Com informações da France Presse

RAIOS GAMA NO CENTRO DA GALÁXIA



Telescópio Fermi da Nasa encontrou duas bolhas gigantes de gás que emitem raios gama no centro da Via Láctea. As estruturas de 25 mil anos luz de tamanho cada uma seriam resultado da erupção de um buraco negro enorme no centro da galáxia .

NASA's Goddard Space Flight Center

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

O QUARTO PLANETA




Astrônomos localizam 4º planeta que orbita ao redor da estrela HR 8799
Em Londres


08/12/2010


Imagem mostra a estrela HR 8799, a mais próxima do nosso sistema solar


Astrônomos canadenses localizaram um quarto planeta que orbita ao redor da estrela HR 8799, a mais próxima do nosso sistema solar, segundo os detalhes da observação publicada no último número da revista "Nature".

O planeta tem aproximadamente a mesma massa que os outros três planetas que orbitam ao redor da citada estrela, mas os astrônomos ainda não puderam explicar a formação dos quatro.

Segundo o cientista Christian Marois, do Conselho Nacional de Pesquisa do Canadá, centenas de planetas fora de nosso sistema foram detectados, mas poucos são suficientemente grandes e brilhantes para que seja possível obter imagens diretas.

Há dois anos, Marois e seus colegas divulgaram imagens em infravermelho de três planetas gigantes que orbitavam em torno da estrela HR 8799, que de alguma maneira lembravam os três planetas mais afastados do nosso sistema solar, mas muito maiores, assinala a revista científica.

Marois e seus colegas obtiveram novas imagens, feitas em um período de 15 meses, que revelam a presença deste quarto planeta gigante no sistema HR 8799, mas está mais perto da estrela que os outros três.

Estes quatro planetas parecem ter cinco vezes a massa de Júpiter, agregam os astrônomos.

EXPLOSÃO DE RAIOS GAMA



Concepção artística mostra uma explosão de raios gama



Estudo explica baixa luminosidade das explosões de raios gama



16/12/2010


As explosões de raios gama estão entre os fenômenos mais energéticos do Universo, mas algumas parecem curiosamente fracas quando observadas na radiação visível. O maior estudo já realizado sobre o fenômeno, conhecidas como explosões de raios gama escuras, com ajuda do telescópio de La Silla, no Chile, mostrou que a explicação para a baixa luminosidade é simples. A principal delas é a presença de poeira entre a Terra e o local onde as explosões ocorrem.

As explosões de raios gamas (ERG), são fenômenos que podem durar menos de um segundo ou no máximo alguns minutos. Elas são detectadas por observatórios em órbita que captam a sua elevada radiação. No entanto, há cerca de 13 anos, os astrônomos descobriram uma quantidade de radiação menos energética originária dessas explosões violentas, que se prolonga por algumas semanas ou até mesmo anos depois da explosão inicial, o chamado brilho residual.

Enquanto todas as explosões de raios gama têm brilhos residuais nos raios X, apenas cerca de metade emite esses brilho na luz visível. O resto fica escuro. Alguns astrônomos suspeitavam que esses brilhos residuais escuros poderiam ser exemplos de uma classe nova de explosões de raios gama, enquanto outros pensavam que se poderia tratar de objetos muito distantes. Estudos anteriores sugeriram ainda que este fenômeno poderia ser explicado pela poeira situada entre a Terra e a explosão, que seria responsável por obscurecer a radiação emitida.

Segundo o principal autor do estudo, o cientista Jochen Greiner, do Instituto Max Planck para a Física Extraterrestre, na Alemanha, o estudo dos brilhos residuais é fundamental para entender os objetos que dão origem às explosões de raios gama. E o fenômeno fornece informações preciosas sobre a formação estelar no Universo primordial.

A Nasa (agência espacial americana) lançou o satélite Swift, no final de 2004, capaz de detectar explosões de raios gama e comunicar imediatamente as suas posições a outros observatórios de modo a que os brilhos residuais possam ser estudados. Neste novo estudo, os astrônomos combinaram dados do Swift com novas observações do Grond, instrumento instalado no telescópio do Observatório Europeu do Sul (ESO).

Com a combinação, foi possível determinar a quantidade de radiação emitida pelo brilho residual a comprimentos de onda distintos, o que permitiu medir a quantidade de poeira que obscurece a radiação no seu percurso em direção à Terra. Antes, os astrônomos tinham que contar com estimativas aproximadas do conteúdo de poeira.

O resultado da investigação mostrou que a maioria das explosões de raios gama escuras são explicadas pela poeira, que absorve a radiação visível antes que ela chegue até nós.