segunda-feira, 6 de agosto de 2012

ROBÔ CURIOSITY POUSA EM MARTE



Robô Curiosity pousa em Marte e Nasa comemora início da missão
Controladores da agência espacial festejaram pouso por 10 minutos.
Jipe é o maior e mais moderno veículo já feito para explorar o planeta.

06/08/2012

O jipe-robô Curiosity pousou na superfície de Marte por volta das 2h33 (horário de Brasília) desta segunda-feira (6), segundo a agência espacial americana (Nasa). A aterrissagem ocorreu após uma viagem de 567 milhões de quilômetros e quase nove meses.

A missão, que investiu cerca de US$ 2,5 bilhões (mais de R$ 5 bilhões) no projeto que pretende saber se o planeta vermelho já reuniu condições favoráveis à vida, foi declarada completa e um sucesso 1 minuto depois.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, qualificou de "feito histórico" a chegada do Curiosity a Marte. "Esse é um triunfo da tecnologia sem precedentes", diz o comunicado presidencial.

A Nasa confirmou que a nave, de 1 tonelada, entrou na atmosfera do planeta a 20 mil km/h e pousou na Cratera Gale, ao sul do equador, após uma complexa manobra que se chamou de "sete minutos de terror'. Isso, porque a atmosfera marciana é bem menos densa que a da Terra, o que torna mais difícil frear uma nave lá do que aqui.

"Estou inteiro e a salvo na superfície de Marte", diz uma mensagem no blog da Nasa, que deu lugar a uma comemoração de pelo menos 10 minutos, com aplausos e abraços, entre funcionários na sala de controle do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL, na sigla em inglês), em Pasadena, na Califórnia.
Primeira imagem feita pelo Curiosity em Marte mostra a roda do Jipe na superfície do planeta.

Como havia sido planejado, a cápsula abriu um gigantesco paraquedas para frear a queda. A cerca de 20 metros do solo, um sistema baixou o Curiosity, que abriu suas seis rodas e iniciou a aventura em Marte.

O robô está equipado com ferramentas que podem, entre outras coisas, perfurar rochas e coletar amostras de materiais do solo para analisar a composição mineral local.
Controladores da missão espacial festejam o pouso do Curiosity em Marte.

A poucas horas de o jipe tocar a superfície do planeta vermelho, ainda no domingo (5), o site da Nasa informou que o robô estava com "boa saúde".

Lançado em 26 de novembro de 2011, o Curiosity vinha provocando "fortes emoções" no JPL, segundo descreveu o texto no site da agência. "O entusiasmo vai crescendo enquanto a equipe está diligentemente monitorando a nave (que transporta o robô)", afirmou comunicado oficial o chefe do laboratório, Brian Portock.

O veículo deve executar a primeira fase de sua missão em 1 ano, 10 meses e 2 semanas, mas a expectativa é de que continue suas pesquisas por cerca de uma década. Geradores de plutônio têm capacidade de fornecer calor e eletricidade à missão por pelo menos 14 anos. É um sistema de geração de energia diferente do de outras missões que contaram com painéis para geração de energia solar.

Os estudos do robô começarão em uma montanha localizada no interior da Cratera Gale. O Curiosity vai subir a montanha e estudar as pedras ali sedimentadas ao longo de bilhões de anos. Indícios da presença de água no passado de Marte foram detectados em estudos anteriores, feitos a partir de imagens do local.

Estratégias de descida
O Curiosity é maior e mais pesado que os jipes que a Nasa já mandou para Marte, razão pela qual exige uma nova estratégia de descida. Não bastaria usar apenas paraquedas e retrofoguetes: desta vez, foi criado um novo mecanismo – um guindaste em que o robô desce, pendurado na nave Mars Science Laboratory, até tocar o solo.

"Sabemos que parece maluco", afirmou Adam Steltzner, do Laboratório de Propulsão de Jatos da Nasa (JPL, na sigla em inglês), líder da equipe que projetou o Curiosity. "Mas é, na verdade, o resultado de decisões cautelosas", completou.

Se qualquer parte do plano desse errado, o Curiosity se esborracharia no chão e a missão terminaria imediatamente. A Nasa só soube se o pouso foi ou não um sucesso 14 minutos após o ocorrido, porque esse é o tempo que o sinal levou para chegar à Terra.

O sinal, aliás, não veio direto do veículo para a Terra. Ele foi rebatido pela sonda Odissey, que orbita o planeta vermelho desde 2001. Da perspectiva do Curiosity, a Terra está abaixo do horizonte, e a manobra foi a maneira que a Nasa encontrou para fazer o sinal chegar o mais rápido possível.

O local de pouso foi escolhido de acordo com o objetivo da missão. A Cratera Gale oferece um alvo seguro para a aterrissagem, com uma área de cerca de 140 km² – maior que o município de Niterói (RJ). Dali, o veículo está relativamente próximo ao Monte Sharp, onde sondas na órbita já visualizaram minerais que podem ter sido formados na água.

Curiosity e seus antecessores
Do tamanho de um carro, o novo robô é cinco vezes mais pesado que os jipes Spirit e Opportunity, precursores na exploração de Marte. Mesmo sem tripulação, ele chega a ser maior até que o jipe lunar que carregava dois astronautas por vez nas missões americanas Apollo, que exploraram a Lua nas décadas de 1960 e 1970.

O Curiosity é tão grande porque traz dentro de si um laboratório inteiro. Os instrumentos científicos incluem uma carga 15 vezes maior do que a levada por seus antecessores.

A missão está programada para durar um ano marciano, mas isso não quer dizer muita coisa. Quando o Spirit e o Opportunity chegaram ao planeta, em 2004, tinham como missão apenas três meses de explorações. O Opportunity é usado até hoje, e o Spirit só foi inutilizado porque perdeu contato com a Terra, em 2010.

Os primeiros objetos feitos pelo homem a pousarem em solo marciano foram as sondas Viking 1 e 2, lançadas pela Nasa em 1975 – a chegada foi em 1976. Em 1997, o Mars Pathfinder levou os EUA de volta ao planeta vermelho e inaugurou a era dos jipes, seguida pelo Spirit, pelo Opportunity e, agora, pelo Curiosity. A União Soviética também tentou lançar veículos para lá, mas não obteve sucesso.

(*) Com informações da Nasa e das agências de notícias Efe, France Presse e Reuters

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

ARQUIMEDES





ARQUIMEDES

Matemático e físico grego. Nascido em Siracusa-Sicília, por volta do ano 287 a.C, o seu nome é originário do grego Arkhimedes. Quando jovem muda-se para Alexandria, centro da atividade matemática, onde continua as aulas de Euclides. De volta à sua pátria, entrega-se por completo aos estudos científicos.

Segundo narração de Plutarco, general romano, refere as passagens relativas à luta travada pelos romanos para a posse da Sicília, especialmente para a conquista da cidade de Siracusa. Quando os Romanos atacaram Siracusa, Arquimedes dirige a defesa da sua cidade, para o que se serve de máquinas de guerra (catapultas, etc.). Após um longo assédio, as tropas de Marcelo entram na cidade. Segundo Plutarco, apesar das ordens de Marcelo para respeitar a vida do sábio, um soldado romano, irritado porque Arquimedes, absorto na resolução de um problema, não responde às suas intimações, mata-o. Cícero, questor da Sicília, encontra o seu túmulo, onde figura uma esfera inscrita num cilindro.

São bastantes as obras de Arquimedes que chegaram até aos nossos dias. Na matemática, destacam-se Da Esfera e do Cilindro, A Medida do Círculo, Dos Esferóides e dos Conóides e Das Linhas Espirais. Nas obras de mecânica há que citar, Do Equilíbrio dos Planos e Dos Corpos Flutuantes. Outros achados importantes, são A Quadratura da Parábola e O Método.

Dedicou-se a aritmética, mecânica e hidrostática. Atribuem-se a Arquimedes a invenção do parafuso sem fim, da espiral ou parafuso de Arquimedes (aparelho para elevar água por meio de um tubo enrolado em hélice à volta de um cilindro giratório sobre o seu eixo), de diversas combinações de roldanas para levantar pesos, da roda dentada, relação da circunferência com o diâmetro (o número pi), a quadratura da parábola, as propriedades das espirais, etc.

Há uma célebre passagem da Antiguidade relacionada com os estudos hidrostáticos de Arquimedes. Trata-se do chamado problema da coroa. Hiero, rei de Siracusa, encomenda uma coroa que paga como se fosse de ouro puro, mas posteriormente suspeita que o ourives fez mistura do ouro com prata. Arquimedes resolve o problema determinando o volume da coroa, para o que a submerge num recipiente completamente cheio de água e pesa de seguida o líquido derramado. Averigua assim a densidade da coroa e calcula a proporção de prata que o desleal ourives utiliza. Conta-se que Arquimedes inventa este procedimento quando, ao se introduzir num recipiente completamente cheio de água para se lavar, parte dela transborda. Sai então do banho a gritar Eureka! (que em grego significa «Achei!»). O clássico enunciado deste princípio, chamado de Arquimedes, é o seguinte: todo o corpo submergido num fluido experimenta um impulso de baixo para cima igual ao peso do fluído que desloca.

Formula também a teoria da alavanca simples, resumida numa frase célebre: "Dai-me e uma alavanca e um ponto de apoio e levantarei o mundo."

Uma outra frase que nos traz a leveza de sua personalidade: "Brincar é condição fundamental para ser sério."


Computador achado no início do século XX parece ter sido obra de Arquimedes.

Cientistas desvendam segredos de 'computador' de 2 mil anos
12 de maio de 2012

Objeto é considerado o computador mais antigo do mundo
Foto: Reprodução/BBC Brasil

Os segredos de um objeto considerado o computador mais antigo do mundo foram revelados com o uso de um equipamento de Raio X. O mecanismo Antikythera, como é conhecido, tem cerca de 2 mil anos e foi encontrado em 1901 quando um grupo de mergulhadores chegou a um antigo navio romano naufragado na costa da Grécia.

O objeto tem o tamanho aproximado de um laptop moderno e, dentro dele, estão várias rodas de transmissão e engrenagens. Ele teria sido usado para prever eclipses solares e, de acordo com descobertas recentes, o mecanismo também servia para calcular as datas de Olimpíadas na Grécia Antiga.

A equipe internacional de cientistas conseguiu juntar em um computador mais de 3 mil projeções de Raios X, montando um Raio X em 3D.

Com estas imagens, os cientistas conseguiram compreender o mecanismo e suas engrenagens.