terça-feira, 10 de agosto de 2010

GALÁXIA NGC 4911




Nasa divulga imagem de galáxia a 320 milhões de anos-luz da Terra

10 de agosto de 2010

A galáxia NGC 4911 contém círculos de poeira e gás perto de seu centro. As nuvens de hidrogênio na cor rosa que aparecem no centro indicam que a formação de estrelas está em curso no local
Foto: Nasa/Reprodução

O telescópio espacial Hubble, da Agência Espacial Americana, Nasa, divulgou nesta terça-feira a imagem majestosa de uma galáxia espiral localizada dentro do aglomerado de galáxias Coma, que está a 320 milhões de anos-luz de distância da Terra, ao norte da constelação Coma Berenices. As informações são da Nasa.

A galáxia, conhecida como NGC 4911, contém círculos de poeira e gás perto de seu centro. Os círculos aparecem recortados contra brilhantes aglomerados de estrelas recém-nascidas e nuvens de hidrogênio na cor rosa que, segundo astrônomos, indica a que a formação de estrelas está em curso no local.

O Hubble também conseguiu captar os braços espirais exteriores da NGC 4911, e milhares de outras galáxias de tamanhos variados. A alta resolução das câmeras do Hubble, combinada à uma exposição consideravelmente longa, tornou possível observar todos esses detalhes.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

COLISÃO DE GALÁXIAS




Imagem mostra colisão de galáxias na direção da constelação do Corvo

Fotografia é resultado da composição de três telescópios da Nasa.
Fenômeno ocorreu a 62 milhões de anos-luz da Terra.

A agência espacial norte-americana (Nasa) divulgou nesta quinta-feira (5) novas imagens da colisão de duas galáxias na direção da constelação do Corvo, localizadas a 45 milhões de anos-luz de distância.

O colorido da fotografia é artificial. Resulta da união da observação feita por três telescópios da Nasa: Hubble, Chandra e Spitzer. Cada um deles captou as partes amarela, azul e vermelha e o resultado é o que se vê na composição.

Conhecidas como galáxias da Antena, elas iniciaram o encontro há 100 milhões de anos, gerando novas estrelas a partir da poeira e gás. Com a informação enviada em ondas infravermelhas, o Telescópio Spitzer nuvens quentes de poeira, indicadoras de estrelas recém-nascidas.

Confira o trabalho da cada telescópio separadamente

As observações com raio-x feitas pelo Chandra permitiram identificar elementos de supernovas, explosões que marcam o fim da vida de estrelas muito massivas. Segundo os pesquisadores, os gases detectados são ricos em elementos como magnésio, ferro, oxigênio e silício.

Estrelas de nêutrons e buracos negros, ambos objetos com raio menos que das estrelas, porém muito mais massivos, também aparecem na fotografia.



O Hubble compôs a parte "óptica" da imagem, destacando aglomerados estelares e astros mais velhos. Somadas, as observações duraram quase cinco dias e foram feitas entre 1999 e 2002.

Estima-se que a área observada tem comprimento de 61 mil anos-luz. A constelação do Corvo é facilmente visível no hemisfério sul, tendo 4 estrelas mais marcantes, notáveis a olho nu mesmo em cidades poluídas como São Paulo.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

NOVA ANÁLISE DA SUPERNOVA SN 1987A



ESO: 1ª imagem 3D mostra restos de estrela a 100 mi de km/h

04 de agosto de 2010

Observações da supernova são as primeiras em 3D e confirmam modelos de computador. As observações mostraram novos detalhes sobre esses fenômenos.
Foto: ESO/L. Calçada/Divulgação

Astrônomos utilizaram o Telescópio Muito Grande (VLT, na sigla em inglês), do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês), para capturar a primeira imagem tridimensional de uma explosão estelar, também conhecida como supernova. A escolhida foi a SN 1987A, na Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia vizinha à nossa. Essa supernova foi descoberta em 1987 e foi a primeira a ser vista a olho nu em 383 anos. As observações mostraram novos detalhes sobre esses fenômenos, como, por exemplo, a ejeção de material a 100 milhões de km/h, cerca de 10% da velocidade da luz.

As estrelas de grande massa morrem de uma maneira particular, através de uma gigantesca explosão, arremessando uma grande quantidade de material no espaço. A descoberta de SN 1987A permitiu aos astrônomos estudarem melhor esse fenômeno com detalhes nunca antes vistos.

O estudo dessa supernova permitiu, por exemplo, a primeira detecção de neutrinos do núcleo interno da estrela, de elementos radioativos produzidos durante a explosão, a formação de poeira após o fenômeno, entre muitas outras descobertas sobre a morte das grandes estrelas.

Com as novas observações do VLT, o ESO afirma que os astrônomos serão capazes de reconstruir em 3D as partes centrais da explosão. Os cientistas já descobriram que a explosão foi mais forte e rápida em determinadas direções do que em outras, o que levou a um formato irregular, com algumas partes se alongando mais.

O primeiro material ejetado da supernova viajou a 100 milhões de km/h, cerca de 10% da velocidade da luz e 100 mil vezes mais rápido que um jato de passageiros. Apesar da velocidade, esse material demorou 10 anos para atingir o anel de gás e poeira que é formado na fase final da vida da estrela. As imagens indicam que outra onda de material emitido pela explosão viaja cerca de 10 vezes mais lentamente e é aquecido pelos elementos radioativos criados pelo fenômeno.

"Calculamos a distribuição de velocidades do material ejetado pela Supernova 1987A", diz a autora principal do estudo Karina Kjær em comunicado. "Ainda não compreendemos bem como explode uma supernova, mas o modo como a estrela explodiu encontra-se imprimido no material mais interior. Podemos ver que este material não foi ejetado simetricamente em todas as direções, mas parece ter uma direção privilegiada. Além disso, essa direção é diferente daquela que esperávamos, baseados na posição do anel."

As observações comprovariam modelos feitos em computador de como explodem essas estrelas. Esses modelos já mostravam o comportamento assimétrico e também indicavam instabilidades de larga escala na supernova.