domingo, 31 de julho de 2011

"NOSSA SEGUNDA LUA"



Cientistas encontram asteroide que orbita à frente da Terra
28 de julho de 2011

Ilustração divulgada pela Nasa do primeiro asteroide troiano do planeta Terra .
Foto: Divulgação Nasa

Um pequeno asteroide de 300 metros de diâmetro acompanha a Terra em seu movimento de evolução em torno do Sol, precedendo-a em sua órbita. Esta descoberta do primeiro asteroide "troiano" da Terra foi publicada na quinta-feira na revista científica britânica Nature. Trata-se do asteroide 2010 TK7, que fica a cerca de 80 milhões de km da Terra, descoberto em órbita terrestre graças ao telescópio WISE (Wide-Field Infrared Survey Explorer) da Nasa.

Após Júpiter, Marte e Netuno, a Terra torna-se, também, o quarto planeta do sistema solar tendo como companhia pelo menos um asteroide "troiano". O termo serve para designar os asteroides posicionados na órbita de um planeta, num ponto de equilíbrio estável, chamado pontos de Lagrange, no caso o ponto 4 (L4) da órbita terrestre, 60º à frente do nosso planeta. Ele segue o planeta em seu movimento em torno do Sol, precedendo-o, segundo um ângulo bem definido.

O 2010 TK7, no entanto, não está exatamente no L4. As observações indicam que na verdade ele oscila a sua volta, fazendo com que também varie sua órbita para o ponto Lagrange 3 em períodos de cerca de 400 anos. "Como precede o movimento da Terra ou o segue, não entra nunca em colisão com ela", destaca a Nasa em comunicado. Nos próximos 100 anos, não deverá se aproximar a menos de 24 milhões de km da Terra, precisa a agência espacial americana. Possui órbita "estável por pelo menos dez mil anos", segundo Martin Connors (Universidade de Athabasca, Canadá) e outros astrônomos que confirmaram a descoberta, graças ao telescópio terrestre Canadá-França-Hawai.

Os cientistas achavam há tempos que a Terra deveria ter asteroides troianos, mas só agora constataram sua presença, difícil de ser observada, pois ficam, em geral, mergulhados na luz solar. A detecção do asteroide 2010 TK7 foi facilitada porque estava numa "órbita incomum que o afastou bastante do Sol", explicou Connors. Os "troianos" foram identificados pela primeira vez ao redor de Júpiter e ficam próximos de um dos cinco pontos do espaço nos quais a força da gravidade de um planeta e a do Sol estão em equilíbrio, permitindo que tenham órbitas relativamente estáveis.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

AS PRIMEIRAS FOTOS DE VESTA




Sonda espacial registra detalhes da superfície do asteroide Vesta

22 de julho de 2011


A sonda espacial Down obteve esta imagem com sua câmera de enquadramento no dia 18 de julho.

A Imagem tomada pela sonda espacial mostra detlahes da superfície do asteroide gigante Vesta


Foto: Nasa/JPL-Caltech/UCLA/MPS/DLR/IDA /Divulgação


A Nasa - agência espacial americana - divulgou na quinta-feira uma imagem mais próxima do asteroide gigante Vesta, que mostra detalhes de sua superfície. Ela foi tomada pela sonda espacial Down no dia 18 de julho.

A sonda espacial Down entrou na órbita do asteroide gigante Vesta no dia 15 de julho deste ano. Down foi lançada há quase quatro anos, em setembro de 2007, e possui a longa e lenta missão de revelar segredos do Sistema Solar por meio do estudo do Vesta e do planeta-anão Ceres, devendo percorrer 5 bilhões de km ao final da missão.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

ESTAMOS EM ÓRBITA DO ASTERÓIDE VESTA



Sonda espacial entrou na órbita do asteroide gigante Vesta
17 de julho de 2011


A sonda Dawn levou quatro anos para chegar à órbita do asteroide, onde ficará um ano antes de partir em nova missão.

Foto: Nasa/Divulgação

A sonda espacial Dawn entrou na órbita de Vesta, um dos maiores asteroides do sistema solar, informou a agência espacial americana Nasa na madrugada deste domingo. A Dawn, que se encontra a 188 milhões de km da Terra, deve passar a cerca de 16.000 km de Vesta para estudar sua superfície. "Foram necessários cerca de quatro anos desde o lançamento da Dawn para atingirmos esta meta", disse Robert Mase, diretor da missão de 466 milhões de dólares, no Jet Propulsion Laboratory da Nasa, na Califórnia, costa oeste dos Estados Unidos.

Após um ano de observações e medições em torno de Vesta, a Dawn se dirigirá para seu segundo destino, o planeta anão Ceres, em julho de 2012. A sonda será a primeira nave a orbitar dois corpos do sistema solar além da Terra. O principal objetivo da missão de oito anos da Dawn é comparar e contrastar estes dois corpos gigantes, o que, segundo a Nasa, ajudará os cientistas "a desvendar os segredos dos primórdios de nosso sistema solar".

"Os instrumentos científicos da Dawn medirão a composição da superfície, a topografia e a textura. Além disso, a sonda espacial Dawn medirá a força da gravidade em Vesta e Ceres para que possamos aprender mais sobre suas estruturas internas", indicou a Nasa em um comunicado à imprensa. A sonda, que foi lançada em 2007, é equipada com um instrumento de raios gama e detectores de nêutrons, que recolherão informações sobre os raios cósmicos durante a fase de aproximação, assim como um espectrômetro infravermelho.

domingo, 10 de julho de 2011

COMO SER UM ASTRÔNOMO AMADOR



Esqueça o telescópio: veja dicas para ser um astrônomo amador
09 de julho de 2011

Para comprar um telescópio, é preciso antes muita experiência
Foto: AFP

Para alguns, pode parecer que é só comprar um telescópio e mirar para o céu, mas se tornar um astrônomo amador não é nada fácil - e dois anos separam o início da atividade do primeiro telescópio. "Existe uma grande diferença entre o que a gente chama de entusiasta por astronomia e astrônomo amador" diz o engenheiro químico Tasso Augusto Napoleão, um dos fundadores da Rede de Astronomia Observacional (REA) e tido pelos próprios profissionais da ciência como um dos amadores mais ativos e competentes do ramo da astronomia. "O fato de o camarada comprar um telescópio não o qualifica como amador de jeito nenhum. Esse é o entusiasta. E não tem nada de errado em ser entusiasta, pois todo mundo começa assim", explica Napoleão.

A aquisição de um telescópio é, na realidade, o primeiro erro de quem quer ingressar no mundo da astronomia amadora. "Comprar telescópio é justamente coisa de quem não é do ramo. Essa é a pior coisa que você pode fazer. Quase sempre você vai ter um equipamento inadequado para aquilo que você queria, que não vai funcionar. Vai ficar desmotivado e acabar abandonando o interesse pela astronomia", alerta o engenheiro, que aconselha inicialmente que a pessoa observe o céu a olho nu e aprenda a montar um mapa para reconhecer as constelações.

Poluição luminosa
Até o ato de olhar para cima e analisar o céu tem lá suas complicações. A iluminação das grandes cidades, quando feita de modo não adequado, faz com que as luminárias joguem parte da energia consumida para o céu. "Em média, 30 ou 35% é perdido, dependendo do tipo de luminária empregada. O que quer dizer também que nós todos pagamos 35% a mais na conta de luz pública em função disso, e esse é um problema sério que afeta tanto a astronomia profissional quanto a amadora", diz Tasso Napoleão.

Ele cita o remanejamento do observatório da USP como consequência deste problema. "Para você ter uma ideia, o observatório da USP que fica na fronteira da cidade de Valinhos e Vinhedo teve que desmontar o maior telescópio que existia lá e levá-lo para Brasópolis, onde fica o maior observatório brasileiro. E por quê? Porque as cidades de Valinhos e Vinhedo cresceram em volta do observatório e a iluminação é tanta que não dá mais para fazer pesquisa lá", diz. Em cidades grandes, como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, a observação fica limitada a astros muito brilhantes, como a lua e os planetas. Por isso, para fazer um bom estudo das estrelas, é preciso sair do perímetro urbano e analisar o céu com atenção. Não bastam alguns minutos. É necessário passar pelo menos duas horas observando as mudanças.

Depois de passar alguns meses preparando mapas do céu e reconhecendo constelações, chega a hora de comprar o seu primeiro equipamento: um binóculo. "O binóculo, para a astronomia, é o melhor maneira para você começar, porque é um instrumento com campo de visão muito maior, o que é favorável para o iniciante. É algo que o astrônomo amador vai usar a vida inteira, e é um investimento muito menor do que um telescópio", diz o integrante da REA.

Clubes
Para fazer o melhor uso do seu binóculo e dar o próximo passo no ramo da astronomia amadora, é preciso procurar os clubes e associações da sua cidade - ou região. A Rede Brasileira de Astronomia RBA contabiliza 160 associações registradas em chamados "nós locais".

"É um numero comparável ao de clubes amadores da França, Inglaterra e Alemanha, que são países que, embora tenham população menor, são todos de primeiro mundo. O Brasil não deixa nada a desejar", diz Napoleão.

Engana-se quem pensa que estas associações são pequenos clubes de aficionados. Somente o Clube de Astronomia de São Paulo tem mais de 1 mil associados e possui uma grade de cursos em parceria com a USP. São seis semestres de formação gratuita para astrônomos amadores, com 40 horas/aula em cada módulo. Outros clubes do Brasil têm programações semelhantes, com observações públicas.

A compra do telescópio
Os astrônomos amadores recomendam experiência de, no mínimo, 2 anos de observações antes da compra do primeiro telescópio. "Todo astrônomo amador experiente vai te dar esta mesma recomendação. O camarada que compra um telescópio e nunca usou, vai ter dificuldade de localizar objetos, a não ser que seja a lua, evidentemente", explica o engenheiro. Isso porque o telescópio é um instrumento de campo de visão muito pequeno, e os anúncios para a venda dos equipamentos dão uma noção errada da sua função. e normalmente o leigo se engana sobre a real função do equipamento. "O telescópio não serve pra aumentar nada, é um conceito errado. A função do telescópio é recolher mais luz do que o olho humano. O aumento é dado por uma pecinha que a gente encaixa no telescópio - que se chama ocular - e que tem que ser compatível com o equipamento que você comprou", alerta o amador.

Cada instrumento em particular tem um aumento máximo permissível, e se você trabalhar acima deste limite, a visão ficará distorcida, como se a imagem estivesse dentro de um aquário. Isso acontece porque nós estamos dentro da atmosfera da Terra, onde turbulências, ventos e deslocamentos de massa de ar, principalmente na atmosfera superior, influenciam nos resultados e não é possível obter foco. "Mas isso a gente aprende com a experiência. Se quiser ser astrônomo amador, é preciso se dedicar, estudar, se preparar e, acima de tudo, observar muito", conclui.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

O BRILHO DAS GALÁXIAS




Astrônomos descobriram que galáxias distantes, do início do Universo, são mais brilhantes do que se imaginava, pelas imagens do telescópio Spitzer, da Nasa. Assim, tais galáxias distantes formavam mais estrelas massivas brilhantes do que atualmente, sendo mais brilhantes, azuis e irregulares do que as galáxias em espiral que vemos hoje. À esquerda é possível ver como galáxias atuais pareceriam lado a lado de galáxias do início do Universo, que tinham estrelas mais quentes e brilhantes (à direita). O estudo mostra ainda que a fusão de galáxias massivas não foi o método dominante de crescimento de galáxias no universo distante. As galáxias alimentaram-se por um fluxo constante de gás, formando estrelas a um ritmo muito rápido, continuando a formá-las durante longos períodos de tempo em vez de ser um processo após colisões galáticas.

NASA/JPL-Caltech/STScI

AS ESTRELAS ZOMBIES







Estrelas zombies, que explodem como bombas só para se reconstruírem absorvendo matéria de outras estrelas, são a chave para medir a energia escura, segundo astrônomos da Universidade de Santa Bárbara, nos EUA. Acredita-se que 3/4 do Universo seja formado por esta energia escura, que seria medida a partir destas estrelas, chamadas de Type Ia supernovae, porque elas têm sempre o mesmo brilho, não importa onde estejam. Na imagem é possível ver a supernova de Tycho, que foi vista pela primeira vez em 1572 por Tycho Brahe, e hoje é uma bola de gás em expansão.

Nasa/Chandra X-ray Observatory)

quarta-feira, 6 de julho de 2011

ÁGUA OXIGENADA NO ESPAÇO



Cientistas descobrem peróxido de hidrogênio no espaço06 de julho de 2011


A assinatura característica da radiação emitida pelo peróxido de hidrogênio foi encontrada em parte das nuvens de Rho Ophiuchi.


Foto: ESO/Divulgação

O Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) divulgou nesta quarta-feira que, pela primeira vez, uma equipe internacional de astrônomos encontrou moléculas de peróxido de hidrogênio no espaço. A descoberta pode fornecer pistas sobre a ligação química entre duas moléculas indispensáveis à vida: água e oxigênio.

O peróxido de hidrogênio (que em solução aquosa é a conhecida água oxigenada) é um elemento chave na química da água e do ozônio na atmosfera do planeta. Os astrônomos utilizaram o telescópio Atacama Pathfinder Experiment (APEX), situado no Chile e operado pelo ESO.

A equipe observou a região da Via Láctea localizada próxima da estrela Rho Ophiuchi, na constelação Ofiúco, a cerca de 400 anos-luz de distância. A região contém nuvens densas de gás e poeira cósmica, muito frias (cerca de -250 °C), onde novas estrelas se estão se formando. As nuvens são principalmente constituídas de hidrogênio, mas contêm traços de outros elementos químicos e são alvos principais na procura de moléculas no espaço. Telescópios como o APEX, que observam na região de comprimentos de onda do milímetro e submilímetro, são ideais para detectar sinais vindos destas moléculas.

"Sabíamos, por experiências laboratoriais, quais os comprimentos de onda que devíamos procurar, mas a quantidade de peróxido de hidrogênio na nuvem é apenas de uma molécula para dez bilhões de moléculas de hidrogênio, por isso para a detecção ser possível são necessárias observações muito cuidadosas", disse Per Bergman, astrônomo do Observatório Espacial Onsala, na Suécia. Bergman é o autor principal do estudo, publicado na revista especializada Astronomy & Astrophysics.

Crê-se que o peróxido de hidrogênio se forme no espaço na superfície de grãos de poeira cósmica - partículas muito pequenas semelhantes a areia e cinza - quando o hidrogênio (H) se adiciona a moléculas de oxigênio (O2). Uma reação adicional do peróxido de hidrogênio com mais hidrogênio é uma das maneiras de produzir água (H2O). Esta nova detecção de peróxido de hidrogênio ajudará por isso os astrônomos a compreender melhor a formação de água no Universo.

"Não sabemos ainda como é que algumas das mais importantes moléculas existentes na Terra se formam no espaço. Mas a nossa descoberta de peróxido de hidrogênio com o APEX parece indicar-nos que a poeira cósmica é o fator que falta no processo", diz Bérengère Parise, co-autor do artigo científico e diretor do grupo de investigação de formação estelar e astroquímica Emmy Noether do Instituto Max-Planck de Rádio Astronomia na Alemanha.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

O ANDRÓIDE JUSTIN



Androide permitirá exploração à distância de planetas e Lua
30 de junho de 2011




Justin tem tato e sensores de força




Um androide dotado de tato e com sensores de força possibilitará a exploração à distância da Lua e de planetas, anunciou nesta quinta-feira a Agência Espacial Europeia (ESA), que indicou que o robô ficará pronto "em dois ou três anos".

O androide recebeu o nome de Justin, está sendo desenvolvido pelo Centro Aeroespacial Alemão e poderá ser controlado à distância pelos astronautas da Estação Espacial Internacional (ISS). A ESA explicou em comunicado que o robô será capaz de reproduzir com exatidão os movimentos dos astronautas na ISS, e que estes utilizarão um exoesqueleto para trabalhar à distância. Isso lhes permitirá operar com a mesma precisão que teriam se estivessem fisicamente no lugar onde o robô estiver, segundo a agência.

A agência acrescentou que, para transformar a robótica e as técnicas de telepresença em uma ferramenta padrão das futuras missões espaciais, prepara uma conexão entre a Terra e a ISS que permitirá o controle de experiências com robôs no complexo orbital.

Trata-se de uma iniciativa, conhecida como Meteron, que "permitirá testar as tecnologias necessárias para as futuras missões de prospecção da Lua, de Marte ou outros corpos do sistema solar", explicou a ESA.

Na primeira fase do Meteron, os astronautas da estação espacial controlarão à distância um protótipo do veículo Eurobot a partir de um computador equipado com um joystick e monitores especiais.

Este protótipo possui quatro rodas e dois braços, conta com um avançado sistema de navegação, câmeras e sensores e está sendo desenvolvido desde 2008 no Centro Europeu de Pesquisa e Tecnologia Espacial da ESA na Holanda.

Na fase seguinte, os astronautas poderão conduzir um robô dotado de "tato" e sensores de força, um sistema com o qual poderão controlar androides como o Justin. "Graças a estes sensores, os astronautas poderão sentir a força real que o robô fará em seu campo de trabalho", disse André Schiele, chefe do Laboratório de Telerrobótica e Háptica da ESA.

"Isto será especialmente útil para deslocar rochas ou desenvolver tarefas complexas, como a montagem de equipes", acrescentou.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

OS SEGREDOS DE BETELGEUSE



Imagem revela nebulosa enorme em torno da estrela supergigante

27 de junho de 2011

Material visível na nova imagem é, provavelmente, composto de poeira de silicato e alumina

Foto: ESO/Divulgação


Novas imagens obtidas por astrônomos do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) revelaram uma enorme nebulosa em torno da famosa estrela supergigante Betelgeuse. Os cientistas utilizaram o Very Large Telescope do ESO (VLT).

A estrutura se assemelha a chamas emitidas pela estrela e forma-se à medida que o objeto liberta material para o espaço. A nebulosa é muito maior que Betelgeuse, com mais de 60 bilhões de km desde a superfície estelar - o que significa cerca de 400 vezes a distância entre a Terra e o Sol.

Estrelas supergigantes vermelhas como a Betelgeuse representam uma das últimas fases da vida de uma estrela de grande massa. Durante esta fase, de curta duração, a estrela aumenta de tamanho e expele as suas camadas exteriores para o espaço a uma taxa prodigiosa - expele enormes quantidades de material (correspondentes aproximadamente à massa do Sol) em apenas 10 mil anos.

O material visível na nova imagem é, provavelmente, composto de poeira de silicato e alumina. É o mesmo material que forma a maior parte da crosta terrestre e de outros planetas rochosos. Em um passado distante, os silicatos da Terra foram formados por uma estrela de grande massa (agora extinta) semelhante à Betelgeuse.

O pequeno círculo vermelho no centro tem um diâmetro de cerca de quatro vezes e meia a órbita da Terra e representa a posição da superfície visível da Betelgeuse. O disco negro corresponde à parte extremamente brilhante da imagem que teve que ser tapada para que a nebulosa mais tênue pudesse ser observada. As imagens foram obtidas através de filtros infravermelhos sensíveis à radiação a diferentes comprimentos de onda, com o azul correspondente aos comprimentos de onda menores e o vermelho aos maiores.

O TELESCÓPIO JAMES WEBB









Cientistas da Nasa testam o espelho que será usado no telescópio James Webb.

Foto: Nasa/Divulgação

30 de junho de 201

Os espelhos do telescópio James Webb, que a Nasa deve lançar ao espaço em 2014 para estudar o Universo em frequência infravermelha, já estão prontos para observar as primeiras galáxias, informou na quinta-feira a agência espacial americana em comunicado. Os espelhos são parte essencial de um telescópio e a qualidade deles é crucial para o bom uso do objeto. Por isso, a conclusão do processo de elaboração de todos os espelhos que farão parte do telescópio espacial representa um "importante marco", segundo a Nasa.

O telescópio Webb é composto por quatro tipos de espelhos. O principal tem uma área de aproximadamente 25 m², e permitirá aos cientistas capturar a luz mais fraca dos objetos distantes no universo, de maneira mais rápida que qualquer observatório anterior. Os espelhos são feitos de berílio (elemento químico metálico, utilizado para endurecer ligas de outros metais) e serão usados para transmitir as imagens do céu às câmeras do telescópio.

O telescópio James Webb, elaborado para ser o telescópio espacial mais moderno do mundo, será o sucessor do Hubble, lançado ao espaço em 1990. O tamanho de seu espelho principal é nove vezes maior que o do seu antecessor. Uma vez construído, será o mais potente do mundo, mas por enquanto mais de 75% de seu hardware ainda está em fase de produção ou de testes. Os cientistas esperam poder observar os objetos mais distantes no universo e ter imagens das primeiras galáxias formadas, assim como estudar planetas que rodeiam estrelas distantes.