sexta-feira, 26 de outubro de 2012

A CARTA DE EINSTEIN























Anônimo arremata carta de Einstein sobre religião por US$ 3 milhões


26/10/2012
DE SÃO PAULO

Um comprador anônimo arrematou nesta semana, por pouco mais de US$ 3 milhões, uma carta do físico Albert Einstein (1879-1955), na qual o gênio alemão de origem judaica ataca a ideia de Deus, a Bíblia e o próprio judaísmo.

A venda foi feita pelo site de leilões e compras virtuais eBay. A carta, escrita à mão em alemão, foi enviada por Einstein ao filósofo judeu Erik Gutkind pouco antes da morte do físico.

Eis o que diz um dos principais trechos do texto:

"A palavra Deus é, para mim, nada mais do que a expressão e o produto das fraquezas humanas, e a Bíblia uma coleção de lendas honradas, ainda que primitivas, e que de qualquer maneira são bastante infantis. Nenhuma interpretação, por mais sutil que seja, é capaz de (para mim) mudar isso. Essas interpretações cheias de sutilezas são muito variadas, de acordo com sua natureza, e não têm quase nada a ver com o texto original. Para mim, a religião judaica, assim como todas as outras religiões, é uma encarnação das mais infantis superstições. E o povo judeu, ao qual fico muito feliz de pertencer e com cuja mentalidade tenho uma profunda afinidade, não tem nenhuma qualidade diferente, para mim, do que qualquer outro povo. Até onde vai a minha experiência, eles não são melhores do que qualquer outro grupo humano, embora estejam protegidos dos piores cânceres por sua falta de poder. Fora isso, não consigo ver nada de 'escolhido' neles."

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

NOSSO BURACO NEGRO


Telescópio observa atividade do buraco no centro da Via Láctea


23 de outubro de 2012

Os detalhes da imagem mostra (de cima para baixo) uma região antes, durante e depois de uma erupção no buraco negro
Foto: Nasa/Divulgação

O Telescópio Nuclear Epectroscópico, o NuSTAR, em sua sigla em inglês, realizou sua primeira observação para a Nasa (a agência espacial americana): o gigantesco buraco negro situado no centro de nossa galáxia.

As observações do NuSTAR mostram o buraco negro está em meio a uma etapa de atividade, que surpreendeu os pesquisadores da Nasa e que servirá para lançar luz sobre este fenômeno. "Demos a sorte de ter capturado uma explosão de um buraco negro durante nossa campanha de observação", afirmou Fiona Harrison, pesquisadora principal da missão no Instituto de Tecnologia da Califórnia em Pasadena.

"Estes dados nos ajudarão a entender melhor este gigante que está no centro de nossa galáxia e por que às vezes sua atividade se recrudesce durante horas e depois volta a dormir", explicou em comunicado. A imagem feita em luz infravermelha mostra a localização do buraco negro gigantesco no centro da Via Láctea, chamado Sagitário A.

O NuSTAR é o único telescópio capaz de produzir imagens focalizadas de raios-X de alta energia, o que dá aos astrônomos uma nova ferramenta para sondar objetos como os buracos negros.

Lançado no último dia 13 de junho, durante os próximos dois anos o NuSTAR buscará gigantescos buracos negros e outros fenômenos na Via Láctea e em outras galáxias.

Sua meta científica é uma observação profunda do espaço na busca por buracos negros bilhões de vezes maiores que o Sol e um entendimento melhor da forma como as partículas se aceleram nas galáxias ativas.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

A SONDA NEW HORIZONS



Cientistas tentam evitar destruição de sonda a caminho de Plutão


16 de outubro de 2012

Ilustração mostra Plutão no centro e as órbitas de suas luas e onde a sonda New Horizons deveria chegar
Foto: Nasa/Divulgação

Pesquisadores da Nasa - a agência espacial americana - estão preocupados com a possibilidade de a sonda New Horizons colidir com algum objeto no seu caminho para Plutão. O planeta-anão teve recentemente descoberta sua quinta lua e esses satélites naturais podem deixar rochas e outros materiais pelo caminho da nave - que viaja a 48 mil km/h.

"Nós descobrimos mais e mais luas orbitando próximo de Plutão - a conta agora está em cinco", diz Alan Stern, do Instituto de Pesquisa do Sudoeste dos Estados Unidos e principal cientista da missão. "E nós temos que avaliar que estas luas, assim como aquelas ainda não descobertas, agem como geradores de detritos que povoam o sistema de Plutão com restos de colisões entre essas luas e pequenos objetos do Cinturão de Kuiper."

"Porque a nossa espaçonave está viajando tão rápido, uma colisão com um simples seixo ou até um grão milimétrico pode danificar ou destruir a New Horizons", diz Hal Weaver, membro da missão e pesquisador da Universidade Johns Hopkins.

A sonda já passou por sete dos seus nove anos e meio de viagem até o planeta-anão, que fica no Cinturão de Kuiper, e os cientistas tentam agora usar cada ferramenta disponível - de gigantescos telescópios no solo e o Hubble a simulações em supercomputadores - para encontrar objetos na órbita de Plutão. Ao mesmo tempo, eles estudam rotas alternativas, mas que sejam mais seguras para a nave. Há a possibilidade, inclusive, de a nave passar por uma distância maior de Plutão do que o planejado, mas que permitiria à missão ainda atingir seus objetivos principais de estudo.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

UM PLANETA SIMILAR


Achado planeta similar à Terra no sistema estelar mais próximo

16 de outubro de 2012

Concepção artística mostra o planeta recém-descoberto orbitando as estrelas Alfa Centauri B (centro da imagem) e A
Foto: ESO/L. Calçada/Divulgação

O Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês), divulgou nesta terça-feira a descoberta de um exoplaneta no sistema estelar de Alfa Centauri, o mais próximo da Terra. O planeta tem massa similar à da Terra, mas está muito próximo de suas estrelas, mais do que Mercúrio está do Sol. O sistema é composto por três estrelas - Alfa Centauri A e B, que orbitam uma à outra e estão próximas, e uma mais distante, Alfa Centauri C, ou Próxima Centauri, a estrela mais próxima do Sol. A distância da Terra até esse sistema é de aproximadamente 4,3 anos-luz.

"As nossas observações, que se estendem ao longo de mais de quatro anos, obtidas com o instrumento Harps, revelaram um sinal, minúsculo, mas real, de um planeta que orbita Alfa Centauri B a cada 3,2 dias", diz Xavier Dumusque, do Observatório de Genebra e da Universidade do Porto, autor principal do artigo científico que descreve estes resultados. "É uma descoberta extraordinária, a qual levou a nossa técnica ao limite".

Desde o século XIX se especula a possibilidade da existência de um planeta nesse sistema. Mas ele só foi descoberto com a detecção de pequenos desvios no movimento de Alfa Centauri B. A atração gravitacional do planeta faz com que a estrela se desloque para a frente e para trás a não mais que 1,8 km/h. Segundo o ESO, é a precisão mais elevada já conseguida com este método de detecção de exoplanetas.

"Este é o primeiro planeta com massa semelhante à Terra encontrado em torno de uma estrela como o Sol. A sua órbita encontra-se muito próxima da estrela e por isso o planeta deve ser demasiado quente para poder ter vida tal como a conhecemos," acrescenta Stéphane Udry, do Observatório de Genebra, um dos coautores do artigo e membro da equipe. "No entanto, este pode muito bem ser um planeta num sistema de vários. Tanto os nossos outros resultados Harps, como as novas descobertas do Kepler (telescópio que também se dedica à busca de exoplanetas), mostram que a maioria dos planetas de pequena massa são encontrados em tais sistemas."

"Este resultado representa um enorme passo em frente na detecção de um gêmeo da Terra, na vizinhança imediata do Sol. Estamos vivendo uma época excitante", conclui Xavier Dumusque.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

70 PEQUENOS GRÃOS

Foto: Jaxa/Divulgação
Apenas 11 equipes no planeta terão acesso a amostras de asteroide

04 de outubro de 2012

Antes de ser totalmente desintegrada, a sonda Hayabusa lançou uma pequena cápsula com material do asteroide Itokawa

Em 2010, a sonda japonesa Hayabusa completou uma missão inédita na pesquisa espacial: ela chegava à Terra com as primeiras amostras coletadas em um asteroide e trazidas para o planeta. Agora, 11 equipes de pesquisadores ao redor do planeta vão ter acesso a 70 pequenos grãos que o robô conseguiu pegar na pedra de 500 m. Uma delas, da Universidade de Manchester, por exemplo, recebeu sete grãos por ter o sistema mais sensível para detectar os raros gases xenônio e criptônio.

O time da Inglaterra - liderado por Henner Busemann e com pesquisadores da Alemanha, Suécia e Suíça - espera descobrir o quão rapidamente e através de quais processos a superfície foi modificada e se material do asteroide Itokawa acabou na Terra - acredita-se que substâncias importantes do nosso planeta vieram desses corpos, como a água.

"Meteoritos são amostras que caíram na Terra de asteroides, e aprendemos muito com eles", diz Busemann em nota da universidade. "Contudo, esses grãos são únicos porque nós sabemos de qual dos milhões de asteroides eles vieram e eles não foram expostos ao ambiente da Terra. Estamos aprendendo muito sobre como os asteroides se formam e evoluem."

Segundo a universidade, Itokawa foi apenas o terceiro corpo do qual o ser humano conseguiu coletar amostras e trazer à Terra. Além das missões Apollo e Luna, que visitaram nosso satélite natural, a Stardust conseguiu amostras do cometa Wild 2. O estudo atual pretende entender melhor os primórdios do Sistema Solar, na época da formação dos planetas, há cerca de 4,5 bilhões de anos.