quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Estrela azul



Esquema de colisão criando errante azul (sentido horário)

24/12/2009 - 09h05

Cientistas elucidam

mistério de estrela

azul "rejuvenescida"

Astrônomos anunciaram ontem (23) ter desvendado a origem de uma classe de objetos cósmicos que vinha intrigando a ciência: as estrelas errantes azuis.

Por serem portadoras de uma massa muito maior do que se previa para astros de sua categoria, seu mecanismo de formação não era bem entendido. Agora, dois estudos mostram que elas surgem tanto de colisões estelares quanto de sistemas em que uma estrela suga material de outra aos poucos.

O enigma das errantes azuis é que elas aparentam ter uma idade menor do que efetivamente possuem, um valor que pode ser inferido a partir da idade de outras estrelas próximas. Outra estrelas gigantes azuis em geral morrem e perdem brilho antes de suas "irmãs" nascidas num mesmo aglomerado, pois astros mais maciços consomem mais rápido seu material interno por meio de fusão nuclear.

Algumas errantes azuis, porém, chegam a ter 7 bilhões de anos, e são mais velhas até do que o Sol, que tem 5 bilhões.

Para explicar isso, cientistas vinham debatendo havia tempos as hipóteses da colisão e da matéria sugada. Esses eventos dariam a estrelas de vida curta um suprimento extra de matéria para fusão nuclear, prolongando assim seu tempo de brilho. Mas ninguém conseguia dizer qual das duas coisas estava efetivamente ocorrendo.

Em um par de estudos hoje na revista "Nature", astrofísicos da Universidade de Bolonha (Itália) e da Universidade de Wisconsin-Madison (EUA) mostram que uma hipótese não exclui a outra. Francesco Ferraro, autor principal do trabalho italiano, analisou diversas errantes azuis e descobriu que aquelas de tom azulado mais acentuado são as formadas em colisões. As outras, mais avermelhadas, surgem quando a gravidade de uma estrela rouba massa de outra próxima.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

JÁPETO - LUA DE SATURNO


24/12/2009

Solucionado um mistério de dois tons que orbita Saturno

The New York Times

Pesquisadores solucionaram o que pode ser o mais antigo mistério da ciência planetária: a superfície em dois tons da lua de Saturno chamada Jápeto.

A estranha característica – um de seus lados é aproximadamente 10 vezes mais claro que o outro – tem sido um mistério desde que a lua foi observada pela primeira vez por Giovanni Cassini, em 1671. Em dois artigos publicados online pela Science, pesquisadores solucionaram o enigma, usando imagens e dados de instrumentos a bordo da nave espacial chamada de Cassini.

Os estudos confirmam uma ideia anterior de que poeira, mais provavelmente vinda de alguma outra lua de Saturno, cai sobre o lado da frente de Jápeto à medida que ela orbita o planeta.

"É exatamente como um motociclista, que só acerta os insetos no lado da frente do capacete", disse Tillmann Denk, da Universidade Livre de Berlim, autor de um dos artigos junto a John R. Spencer, do Southwest Research Institute, e autor principal do outro.

Porém, o padrão dos traços da superfície – a área escura se estende ao lado de trás no equador, por exemplo – não é totalmente explicado pela deposição de poeira. Em vez disso, segundo os pesquisadores, o motivo tem muito a ver com a rotação da lua sobre seu eixo, que leva 80 dias terrestres.

Uma rotação tão lenta (o "meio-dia" dura duas semanas) permite que o distante Sol aqueça as áreas mais escuras, cobertas de poeira, o bastante para que o gelo de água se transforme em vapor.

O vapor migra para outro lugar qualquer, voltando a congelar quando atinge áreas mais frias. As regiões que perderam o gelo ficam mais escuras, e as que ganharam gelo ficam mais claras.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

NUVEM DE MAGALHÃES


15/12/2009

Hubble capta imagem nítida de estrelas em galáxia vizinha

Imagem feita pelo telescópio Hubble mostra centenas de estrelas jovens e brilhantes rodeadas por nuvens incandescentes. O grupo, chamado de R 136, está na nebulosa 30 Doradus, também conhecida como nebulosa de Tarântula, uma região turbulenta de nascimento de estrelas que pertence à Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia satélite da Via Láctea.

Não há nenhuma região na nossa galáxia tão cheia de estrelas jovens. Muitas das estrelas azuladas estão entre as mais "massivas" já encontradas pelos pesquisadores. Várias delas têm massa 100 vezes maior que a do Sol.

Essas estrelas corpulentas estão destinadas a explodir e formar supernovas em alguns milhões de anos.

A nebulosa está tão perto que o telescópio pode mostrar cada estrela individualmente, o que traz muitas informações aos astrônomos sobre a formação e evolução das estrelas.

A imagem é tão nítida que mostra as estrelas individualmente

*Com informações da AFP

Galáxias


11/12/2009 - 11h37

Galáxias em torno de buraco negro se chocam

A Nasa (agência espacial norte-americana) divulgou nesta quinta-feira (10) uma imagem que captou o choque de duas galáxias que giram em torno de um buraco negro.

A imagem foi feita por três telescópios espaciais da agência espacial e mostra as galáxias NGC 6872 e IC 4970.

Imagem produzida com três telescópios com o choque de duas galáxias que giram em torno de um buraco negro
Os dados do Observatório Chandra de Raios-X da Nasa são mostrados em púrpura. Já a contribuição via espectro infravermelho do Telescópio Espacial Spitzer está em vermelho.

Há também os dados ópticos do Very Large Telescope (VLT, na sigla em inglês e "Telescópio Muito Grande", em tradução livre), em um misto de cores vermelha, verde e azul --a identificação do verde não é precisa na imagem.

sábado, 12 de dezembro de 2009

NEBULOSA DE CHAMA





*















Imagens foram divulgadas pelo Observatório Austral Europeu.


Lentes infravermelhas deixam ver interior da constelação de Orion.

Imagem divulgada neste sábado (12/12/2009) pelo Observatório Austral Europeu mostra a primeira imagem feita pelo Vista (sigla em inglês para Telescópio Astronômica de Pesquisa Visível e em Infra-vermelho, localizado no deserto chileno do Atacama) da Nebulosa da Chama, uma massa de gás e poeira em forta de estrela na constelação de Orion e em seus arredores. Na luz normal, o centro do objeto está escondido atrás de grossas camadas de poeira, mas nesta imagem, feita com lentes infravermelhas, pode-se ver com mais clareza as jovens e quentes estrelas escondidas em seu interior. A câmera, com amplo campo de visão, também mostra o brilho da Nebulosa da Chama e a forma fantasmagórica da chamada Nebulosa da Cabeça do Cavalo. (Foto: AP)