terça-feira, 29 de novembro de 2011

A "MALDIÇÃO" DE MARTE



Fracassos de missões a Marte fazem cientistas falarem em "maldição"

26/11/2011

Apesar de ser um dos planetas mais próximos da Terra, Marte ainda é um lugar difícil de ser visitado. Alguns cientistas chegam a falar em “demônio" ou "maldição de Marte”, uma força imaginária que sabotaria as naves destinadas ao planeta vermelho. Desde 1960, mais de quarenta missões foram organizadas para estudar nosso vizinho e mais da metade terminou em fracasso, como informa a Agência Espacial Europeia em seu site.

Nasa envia sonda a Marte; veja outras missões ao planeta

A sonda Curiosity, do tamanho de um carro, deve pousar em Marte no ano que vem - mais um investimento da Nasa para buscar indícios de vida passada no planeta Nasa

A primeira tentativa foi feita pelos soviéticos, em 1960. Mas a nave Korabl 4 não chegoua alcançar nem a órbita da Terra. A antiga URSS ainda teve que engolir os fracassos das missões Korabl 5, Korabl 11 e Korabl 13, em 1962, e ainda falhou ao enviar a Mars 1, no mesmo ano.

Mariner 4

A primeira missão bem sucedida à Marte ocorreu em novembro de 1964 e foi protagonizada pelos EUA, após um fracasso no ano anterior. A sonda Mariner 4 passou a 9.000 quilômetros do planeta no ano seguinte, enviando 22 fotos – os primeiros “closes” de outro planeta conseguidos até então .

As imagens revelaram crateras parecidas com a da Lua e desfizeram os mitos sobre a existência de civilizações marcianas.

A missão Mariner 6 resultou no envio de 75 imagens e a Mariner 7, em 126. A oitava missão do gênero não deu certo e, em 1971, a Mariner 9 tornou-se o primeiro satélite artificial de Marte, enviando um total de 7.329 imagens do planeta vermelho ao longo de um ano.

Enquanto isso, os soviéticos continuavam na luta. As naves Mars 2 e 3 foram lançadas naquele mesmo ano. A 2 chegou a entrar em órbita e lançou uma sonda, que se espatifou sobre a superfície de Marte. Apesar de tudo, foi o primeiro objeto feito pelo homem a tocar o planeta vizinho.

Já a Mars 3 alcançou com sucesso a órbita de Marte, enviando dados por cerca de oito meses, mas a sonda lançada para a superfície do planeta durou apenas alguns segundos. Especialistas suspeitam que o equipamento foi destruído por uma tempestade de poeira marciana.


Viking


Em 1975, as missões Viking 1 e 2, na Nasa, elevaram a exploração de Marte a um novo patamar. Cada uma era composta por um orbitador e uma sonda, e ambas fizeram imagens detalhadas da superfície do planeta, revelando a paisagem desértica que hoje conhecemos bem por imagens. Na ocasião, os cientistas chegaram a um consenso de que não há vida em Marte

Outras tentativas fracassadas marcaram a exploração à Marte nos anos seguintes, como as missões soviéticas Phobos, em 1988. A primeira saiu da rota e a segunda ficou perdida perto da lua marciana que inspirou seu nome. Os EUA também amargaram um novo fracasso em 1992, com a Mars Observer.

Depois de 20 anos de azar, a missão Mars Global Surveyor, da Nasa, conseguiu chegar ao planeta em 1997 e enviou mais imagens do que todas as missões anteriores juntas.

No mesmo ano, os norte-americanos lançaram a missão Mars Pathfinder, com um pequeno veículo de exploração chamado Sojourner, que analisou rochas marcianas ao longo de várias semanas.

Mas a maldição não havia cessado. As quatro missões seguintes foram literalmente para o espaço: a russa Mars 96, com diversos experimentos europeus, perdeu-se em um acidente, assim como as norte-americanas Mars Climate Orbiter, Mars Polar Lander e Deep Space, todas em 1999.

Em 2001, no entanto, a Mars Odyssey, dos EUA, chegou ao planeta vermelho e ainda ajudou os europeus a alcançarem Marte dois anos depois.

Sucessos e fracassos em 2003

O ano de 2003 foi marcante para a história da exploração marciana. No Natal, a Agência Espacial Europeia levou a Mars Express para a órbita do planeta, equipamento que envia informações até hoje. Mas a sonda enviada junto para pousar no planeta, a Beagle 2, foi declarada perdida no ano seguinte.

"A Beagle chegou a Marte, mas foi na descida que o problema aconteceu. A descida é sempre a fase mais difícil”, contou o astrônomo que liderou a missão, Colin Pilllinger, à BBC esta semana.

Também em 2003, o Japão chegou a enviar uma sonda para Marte, que – adivinhe – fracassou. Mas os EUA foram bem sucedidos no envio dos robôs de exploração Spirit e Opportunity. Ambos operaram além do previso, mas o primeiro atolou nas areias do planeta vermelho em 2010. Ambas as sondas descobriram sinais de que a água teria se misturado às rochas de Marte no passado.

Em 2005, a Nasa lançou a Mars Reconnaissance Orbiter, que já enviou mais de 26 terabites de informação e, em 2007, a Phoenix Mars Lander, responsável por mais 25 gigabites de informação sobre o planeta vermelho.

No último dia 8, a Rússia lançou a Phobos-Grunt, sonda que deveria cumprir uma missão de 34 meses na lua marciana, mas uma falha ainda não esclarecida fez com que a sonda ficasse na órbita terrestre, em vez de seguir rumo ao satélite do planeta.

A Roscosmos (agência espacial russa) declarou que ainda respera reanimar a Phobos-Grunt e colocá-la rumo a seu destino original. O projeto foi avaliado em 5 bilhões de rublos (US$ 170 milhões).

Curiosity

Se a maldição não voltar a atacar, a Nasa irá celebrar o sucesso da missão Mars Science Laboratory, iniciada no sábado, a maior e mais complexa já enviada ao planeta.

O jipe-robô Curiosity. Movido a energia nuclear e do tamanho de um carro, o equipamento vai tentar descobrir se o planeta já foi adequado para a vida - a estratégia é buscar sinais de substâncias orgânicas.

Ele trabalhará em um local particularmente "sedutor" do planeta, a cratera Gale, com 154 quilômetros de diâmetro. Dentro dela há uma montanha com depósitos em camadas, erguendo-se a 4.800 metros - o dobro da altura das camadas que formam o Grand Canyon, nos EUA.

VIDA EXTRATERRESTRE



Estudo identifica planetas com mais chances de vida extraterrestre
24 de novembro de 2011

O estudo contribuirá para iniciativas que, nos últimos tempos, têm reforçado a busca por vida extraterrestre

Foto: BBC Brasil

A lua de Saturno Titã e o exoplaneta Gliese 581g estão entre os planetas e luas mais propensos à existência de vida extraterrestre, segundo um artigo científico publicado por pesquisadores americanos. O estudo da Universidade de Washington criou um ranking que ordena os planetas segundo a sua semelhança com a Terra e de acordo com condições para abrigar outras formas de vida.

Segundo os resultados publicados na revista acadêmica Astrobiology, a maior semelhança com a Terra foi demonstrada por Gliese 581g, um exoplaneta - ou seja, localizado fora do Sistema Solar - de cuja existência muitos astrônomos duvidam. Em seguida, no mesmo critério, veio Gliese 581d, que é parte do mesmo sistema. O sistema Gliese 581 é formado por quatro - e possivelmente cinco - planetas orbitando a mesma estrela anã a mais de 20 anos-luz da Terra, na constelação de Libra.

Condições favoráveis

Um dos autores do estudo, Dirk Schulze-Makuch, explicou que os rankings foram elaborados com base em dois indicadores. O Índice de Similaridade com a Terra (ESI, na sigla em inglês) ordenou os planetas e luas de acordo com a sua similaridade com o nosso planeta, levando em conta fatores como o tamanho, a densidade e a distância de sua estrela-mãe. Já o Índice de "Habitabilidade" Planetária (PHI, sigla também em inglês) analisou fatores como a existência de uma superfície rochosa ou congelada, ou de uma atmosfera ou um campo magnético.

Também foi avaliada a energia à disposição de organismos, seja através da luz de uma estrela-mãe ou de um processo chamado de aceleração de maré, no qual um planeta ou lua é aquecido internamente ao interagir gravitacionalmente com um satélite. Por fim, o PHI leva em consideração a química dos planetas, como a presença ou ausência de elementos orgânicos, e se solventes líquidos estão disponíveis para reações químicas.

"Habitáveis"
No critério da "habitabilidade", a lua Titã, que orbita ao redor de Saturno, ficou em primeiro lugar, seguida da lua Europa, que orbita Marte e Júpiter. Os cientistas acreditam que Europa contenha um oceano aquático subterrâneo aquecido por aceleração de maré.

O estudo contribuirá para iniciativas que, nos últimos tempos, têm reforçado a busca por vida extraterrestre. Desde que foi lançado em órbita em 2009, o telescópio espacial Kepler, da Nasa, a agência espacial americana, já encontrou mais de mil planetas com potencial para abrigar formas de vida. No futuro, os cientistas creem que os telescópios sejam capazes de identificar os chamados "bioindicadores" - indicadores da vida, como presença de clorofila, pigmento presente nas plantas - na luz emitida por planetas distantes.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

IO, A LUA VULCÂNICA DE JÚPITER






















A montagem divulgada pela Nasa (agência espacial americana) foi feita com imagens de uma missão para Júpiter e mostra o planeta e a lua vulcânica. A imagem mostra uma erupção na Lua, na parte Norte do satélite, e as lavas podem ser vistas pela iluminação da luz do Sol em vermelho. Como a imagem foi obtida por infravermelho, é possível ver a variação das nuvens em Júpiter. Em azul, há nuvens de maior altitude e em vermelho as mais profundas do planeta.
HO/AFP

O ROBÔ CURIOSITY



Nasa se prepara para lançar robô Curiosity a Marte
24 de novembro de 2011

Um modelo em tamanho real do robô Curiosity que a Nasa enviará a Marte.

Foto: The New York Times

Os técnicos da Nasa (agência espacial americana) anunciaram nesta quarta-feira que está tudo pronto para o lançamento do robô Curiosity, que viajará a Marte a bordo de um foguete Atlas para buscar sinais de vida no Planeta Vermelho.

"O lançamento neste sábado e os sucessos obtidos pela Nasa no último ano mostram quão equivocadas são as especulações de que acabaram os tempos de glória da Nasa", disse Colleen Hartman, executiva da agência espacial.

O robô, que carrega o Laboratório Científico de Marte (MSL, na sigla em inglês), partirá de Cabo Canaveral, na Flórida, no sábado às 10h02 locais (13h02 de Brasília).

Depois de uma viagem de 9,65 milhões de km nos próximos oito meses e meio, ele se aproximará da cratera Gale de Marte. A plataforma superior, equipada com foguetes, se manterá a cerca de 40 metros da superfície e fará o robô descer a Marte.

"Os Estados Unidos são o único país do mundo que levou a Marte e já fez operar em sua superfície os exploradores robóticos", lembrou Harman. "Mas este, o Curiosity, é um robô com esteroides".

O Curiosity pesa 1 t e tem 3 m de comprimento. É cinco vezes mais pesado que os robôs antecessores - os exploradores Spirit e Opportunity, que chegaram a Marte em janeiro de 2004 na busca de rastros de água. "O Curiosity irá mais longe e descobrirá muito mais que o imaginado", destacou Hartman. "Eu acredito que estarei viva no dia em que poderemos ver a primeira astronauta a pisar sua bota em Marte", disse.

O diretor de lançamentos em Cabo Canaveral, Omar Báez, explicou que os técnicos completaram nesta quarta-feira uma nova revisão dos equipamentos e sistemas do foguete propulsor e a cápsula com o robô. "Tudo está pronto para a partida", resumiu ele.

"Na sexta-feira, levaremos o foguete e a cápsula do hangar à plataforma de lançamento", afirmou Báez. "E no sábado, às 3h (pelo horário local, 6h de Brasília), começará o abastecimento de combustível".

O lançamento, inicialmente previsto para sexta-feira, foi adiado para sábado após os técnicos terem constatado no último fim de semana que era necessário substituir uma das baterias do foguete que levará o robô. Os engenheiros contam com um período de chances de lançamento até 18 de dezembro e esperam que tudo ocorra conforme o previsto para que o veículo chegue a Marte em agosto de 2012.

O Laboratório Científico de Marte (MSL, na sigla em inglês) conta com dez instrumentos para buscar evidências de um ambiente propício para a vida microbiana, inclusive os ingredientes químicos essenciais para a vida.

Isso representa o dobro de instrumentos que os robôs lançados anteriormente pela Nasa. Este será o primeiro a utilizar um laser para analisar o interior das rochas e analisar os gases com o espectrômetro que pode enviar dados à Terra.

O Curiosity leva todos os instrumentos para medir as condições de vida no passado e no presente, estudando as condições ambientais do planeta. Ele buscará compostos que contenham carbono - um dos principais ingredientes para a vida como se conhece - e avaliará como eram em suas origens. Ao contrário dos outros robôs, o Curiosity conta com o equipamento necessário para obter amostras de rochas e solo e processá-las.

A Nasa começou a planejar a missão MSL em 2003. Nos últimos oito anos, cientistas e engenheiros construíram e testaram as capacidades do robô, que, segundo as expectativas, levará a pesquisa planetária a outro nível.

"Esta máquina é o sonho de qualquer cientista", assinalou à imprensa Ashwin Vasavada, cientista adjunto do projeto MSL no Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) em uma das sessões prévias informativas.

O Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, localizado na Califórnia, elaborou o Curiosity para que fosse capaz de superar obstáculos de até 65 centímetros de altura, com o objetivo de evitar que se prendesse, como aconteceu com o Spirit, e de se locomover cerca de 160 metros por dia.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

O ASTERÓIDE LUTETIA




Estudo: asteroide pode ser fragmento de matéria original da Terra

11 de novembro de 2011 • 19h18 • atualizado às 19h29

Imagem do asteroide Lutetia capturada pela sonda espacial Rosetta
Foto: ESA/Divulgação

Novas observações do Observatório Europeu do Sul (ESO) indicam que o asteroide Lutetia é um fragmento que restou da matéria original que formou os planetas Terra, Vênus e Mercúrio. Os astrônomos combinaram dados da sonda espacial Rosetta com outros de telescópios e descobriram que as propriedades do asteroide são muito similares às de um tipo raro de meteoritos encontrados na Terra e que se pensa terem sido formados nas regiões interiores do Sistema Solar.

Uma equipe de astrônomos de universidades francesas e norte-americanas estudou detalhadamente o asteroide incomum Lutetia com o intuito de determinar a sua composição. Foram combinados dados oriundos da câmara OSIRIS situada a bordo da sonda espacial Rosetta, da Agência Espacial Europeia (ESA), do New Technology Telescope (NTT), do ESO, e do Infrared Telescope Facility e Spitzer Space Telescope, ambos da Nasa, a agência espacial americana. Com todos estes dados foi possível obter o espectro mais completo já construído para um asteroide.

O espectro foi seguidamente comparado com o de meteoritos encontrados na Terra e que têm sido estudados extensivamente em laboratório. Apenas um tipo de meteorito - condritos enstatite, também conhecidos como condritos do tipo E - apresenta propriedades semelhantes a Lutetia em todos os comprimentos de onda estudados.

Os condritos enstatite são conhecidos por conterem material que data dos primórdios do Sistema Solar. Pensa-se que se tenham formado perto do jovem Sol e que tenham constituído o principal material de construção dos planetas rochosos, em particular Terra, Vênus, e Mercúrio. Lutetia parece ter tido origem, não no cinturão de asteroides onde hoje se encontra, mas muito mais próximo do Sol.

Os astrônomos estimaram que dos corpos situados na região onde a Terra se formou apenas menos de 2% chegaram ao cinturão principal de asteroides. A maioria dos corpos desapareceu depois de alguns milhões de anos, incorporados nos jovens planetas em formação. No entanto, alguns dos maiores, com diâmetros de cerca de 100 km ou mais, foram lançados para órbitas mais seguras, mais distantes do Sol.

O asteroide
Lutetia, que tem uma dimensão de cerca de 100 km, pode ter sido ejetado para fora das regiões interiores do Sistema Solar caso tivesse passado próximo de um dos planetas rochosos, capazes de alterar drasticamente a sua órbita. Um encontro com o jovem Júpiter durante a sua migração para a atual órbita, pode justificar igualmente a grande variação de órbita de Lutetia.

Estudos anteriores das propriedades de cor e superfície deste asteroide mostraram que Lutetia é um membro do cinturão de asteroides bastante incomum e misterioso. Rastreios anteriores mostraram que objetos deste tipo são muito raros, representando menos de 1% da população de asteroides do cinturão principal. Os novos resultados explicam porque é que Lutetia é diferente - é um sobrevivente muito raro do material original que formou os planetas rochosos.

"Lutetia parece ser um dos maiores, e dos poucos, restos de tal material no cinturão de asteroides. Por esta razão, asteroides como ele são alvos ideais para missões futuras de recolha de amostras. Deste modo poderíamos estudar detalhadamente a origem dos planetas rochosos, incluindo a Terra", conclui Pierre Vernazza, autor principal do artigo científico que descreve este resultado.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

ASTERÓIDE GIGANTE PASSARÁ PRÓXIMO A TERRA




Asteroide gigante passará perto da Terra na terça-feira

04/11/2011
Washington


Um enorme asteroide passará perto da Terra na próxima terça-feira, em uma aproximação rara que não representa risco de impacto para o planeta, afirmaram esta semana cientistas dos Estados Unidos, que esperam ansiosos a oportunidade de observá-lo.


A imagem obtida por um radar em Porto Rico mostra o enorme asteroide que passará perto da Terra na próxima terça-feira. A aproximação não representa nenhum risco de impacto ao planeta, de acordo com cientistas americanos, que veem a passagem como uma oportunidade para estudar o asteroide. Segundo previsões, o horário em que o asteroide estará mais próximo da Terra será às 21h28, horário de Brasília, mas para ver o corpo celeste será preciso um telescópio Cornell/Arecibo/EFE

"Não é potencialmente perigoso, é apenas uma boa oportunidade para estudar um asteroide", garantiu o astrônomo da Fundação Nacional de Ciências (NSF, na sigla em inglês), Thomas Statler.

O asteróide circular, chamado 2005 YU55, tem 400 metros de largura e ficará mais perto da Terra do que a Lua, a 325.000 km de distância, informou a agência espacial americana.

Segundo previsões, o horário em que o asteroide estará mais próximo da Terra será às 21h28 de terça-feira, hora de Brasília.

A aproximação será a maior de um asteroide deste tamanho em mais de 30 anos e um evento similar não voltará a ocorrer até 2028.

No entanto, quem desejar ver o corpo celeste precisará de um telescópio.

O asteroide "será visto muito distante quando passar por aqui", afirmou Scott Fisher, diretor da Divisão de Astronomia da NSF.

"Não será perceptível a olho nu. Será preciso um telescópio com lente de mais de 15 cm para vê-lo. Para tornar a observação ainda mais complicada, se moverá muito rápido no céu quando passar", acrescentou.

"Vários radiotelescópios foram instalados na América do Norte para registrar a passagem do astro", continuou Fisher.

"O momento (e local) para observá-lo serão as primeiras horas da escuridão de 8 de novembro na costa leste dos Estados Unidos", emendou.

Os astrônomos que estudam este objeto, classificado como um asteroide de classe C, dizem que é muito escuro, cor de carvão, e bastante poroso.

O 2005 YU55 foi descoberto em 2005 por Robert McMillan, do projeto Spacewatch, grupo de cientistas que observa o sistema solar perto de Tucson, Arizona (sudoeste).

O objeto faz parte de um conjunto de 1.262 asteroides grandes, que giram ao redor do sol e têm mais de 150 metros de largura, que a Nasa qualifica como "potencialmente perigosos".

"Queremos estudar estes asteroides, de forma que se algum dia formos atingidos, saibamos o que fazer com ele", disse Statler.

A passagem mais próxima que um asteroide fará da Terra será em 2094, a uma distância de 269.000 km, segundo as previsões.