domingo, 7 de fevereiro de 2010

A ATMOSFERA DE PLUTÃO


20 de março de 2009

Plutão, o corpo celeste mais excêntrico do Sistema Solar, tem uma atmosfera que fica de cabeça para baixo se comparada à da Terra. As temperaturas sobem, em lugar de cair, com a altitude, no planeta anão, de acordo com um novo estudo.

Astrônomos conseguiram recentemente realizar as medições mais precisas já obtidas quanto à concentração do metano, um dos gases causadores do efeito-estufa, na atmosfera de Plutão, utilizando um telescópio de grandes dimensões do Observatório Meridional Europeu.

As medições demonstraram que o metano é o segundo mais abundante dos gases na atmosfera de Plutão, e que o gás na verdade sobe de temperatura à medida que a altitude se eleva com relação à gélida superfície plutônica. Como resultado, as camadas mais elevadas da atmosfera de Plutão são cerca de 50 graus mais quentes que a superfície do planeta.

A equipe de astrônomos, comandada pelo francês Emmanuel Lelouch, do Observatório de Paris, especula que é possível que exista uma fina camada congelada, ou porções congeladas, de metano e de outros gases na superfície de Plutão.

Quando a órbita de Plutão o conduz para mais perto do sol, os gases congelados se vaporizam. O processo, conhecido como sublimação, resfria a superfície de Plutão e aquece a atmosfera do planeta.

Leslie Young, é subdiretor científico de projeto da sonda New Horizons, da Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (Nasa), que deve entrar em órbita em torno de Plutão por volta de 2015. Young disse que a nova descoberta é animadora, especialmente porque indica a possibilidade de futuras observações inesperadas pela New Horizons. "Sabemos agora que Plutão muda com o tempo, à medida que se desloca em torno do Sol", disse Young.

Assim, combinar observações realizadas da Terra com dados obtidos pela New Horizon em órbita do planeta anão oferecerá novas pistas sobre o comportamento desse corpo celeste. As descobertas foram anunciadas em artigo publicado pela revista científica Astronomy and Astrophysics Letters.


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Novos dados da superfície terrestre de Plutão coletados por astrônomos do Observatório Europeu do Sul (ESO) possibilitaram aos cientistas um melhor entendimentos sobre o atual estado da sua atmosfera. Os pesquisadores detectaram inesperadamente grandes quantidades de metano na esfera gasosa que envolve o planeta anão e descobriram que a região é cerca de 40°C mais quente que a sua superfície, ainda que a temperatura fique em torno de -180°C.

De acordo com os astrônomos, estas propriedades se devem à presença de manchas de metano puro ou de uma rica camada desse gás cobrindo a superfície. Em comparação com a Terra, a atmosfera de Plutão é submetida a uma inversão de temperatura, sendo mais quente no alto, com variação de 3 a 15°C/km. Na Terra, em circunstâncias normais, a temperatura diminui na atmosfera cerca de 6°C/km.

Em sua página eletrônica, o ESO divulgou uma concepção artística de como seria a superfície do planeta, com o Sol ao fundo, brilhando cerca de mil vezes mais fraco do que na Terra. "Com a grande quantidade de metano na atmosfera, fica claro porque ela é tão quente", disse Emmanuel Lellouch, responsável pelo estudo.

Apesar da maior temperatura nos céus, Plutão está longe de ser um planeta ameno. Distante do Sol 40 vezes mais do que a Terra, o frio no solo chega a -220°C. O planeta é composto principalmente por rocha e gelo e tem cerca de um quinto do tamanho da Terra (em torno de 510 milhões de km²).

Os especialistas sabem desde a década de 1980 que a sua superfície tênue é composta por uma fina camada de nitrogênio em grande parte da extensão, mas também contém pequenos traços de metano e, provavelmente, dióxido de carbono. A medida que Plutão se afasta do Sol - movimento de translação que dura 248 anos -, a atmosfera congela gradualmente e o gelo se espalha pelo solo. Nos períodos de maior distância do Sol - como o atual-, a temperatura aumenta e transforma o gelo em gás.

As observações foram possíveis graças ao espectógrafo em infravermelho conhecido como Cryogenic InfraRed Echelle Spectrograph (CRIRES), que está acoplado ao Very Large Telescope, telescópio utilizado pelo ESO.

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O telescópio Very Large Telescope (VLT), do Observatório Paranal, situado no norte do Chile, mostrou detalhes da atmosfera de Plutão, informam pesquisadores nesta terça-feira. Cientistas chilenos e de outros países encontraram grandes e inesperadas quantidades de metano na atmosfera de Plutão, e descobriram que ela é cerca de 50 Cº mais quente que a superfície do planeta anão.

Estas propriedades da atmosfera de Plutão podem ser resultado da presença de nuvens de metano puro ou de uma camada rica em metano cobrindo a superfície do planeta anão, assinalaram os cientistas. "Com tanto metano, fica claro por que a atmosfera de Plutão é morna", assinalou Emmanuel Lellouch, que liderou a pesquisa.

Plutão, que tem um quinto do tamanho da Terra e está, em média, 40 vezes mais distante do Sol, é composto fundamentalmente por rocha e gelo e sua temperatura superficial é calculada em -220 Cº. Ao observar as ocultações estelares - fenômeno que ocorre quando um corpo do Sistema Solar bloqueia a luz de uma estrela situada em segundo plano - os astrônomos do Paranal foram capazes de demonstrar que a atmosfera superior de Plutão é cerca de 50 graus mais quente que a superfície, ficando em torno de 170ºC.

"Em contraste com a atmosfera terrestre, a de Plutão está sofrendo uma inversão térmica: quanto maior a altitude, maior a temperatura que se observa na atmosfera. A elevação é de entre três e 15 ºC por quilômetro". A existência de uma atmosfera em Plutão explica por que sua superfície é tão fria. "Tal como o suor refresca o corpo humano, ao evaporar na superfície da pele, a sublimação do gelo na superfície tem o efeito de enfriá-la", assinalaram os pesquisadores de Paranal.


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