terça-feira, 31 de maio de 2011

ORION




Nave espacial americana será baseada na Orion

25/05/2011


WASHINGTON, 25 maio 2011 (AFP) - A Nasa informou nesta terça-feira que a nova nave americana dedicada a levar humanos ao espaço, encomendada à Lockheed Martin Corporation, será baseada na cápsula Orion.

A Nasa informou que a nova nave americana dedicada a levar humanos ao espaço será baseada na cápsula Orion.Os desenhos da Orion serão utilizados para se criar o futuro Veículo de Tripulação de Usos Múltiplos (MPCV, sigla em inglês), que algum dia será montado sobre um foguete para levar exploradores a um asteróide ou a Marte. A cápsula Orion, inicialmente desenhada para levar astronautas à Lua, é o único elemento do programa Constellation que não foi anulado pelo presidente americano, Barack Obama, no ano passado Efe/Lockheed Martin

O diretor da Nasa Charles Bolden revelou que os desenhos da Orion serão utilizados para se criar o futuro Veículo de Tripulação de Usos Múltiplos

"Estamos comprometidos com a exploração humana além da órbita baixa terrestre e temos muita vontade de desenvolver a próxima geração de sistemas que nos levem até lá", disse Bolden em um comunicado.

A cápsula Orion, inicialmente desenhada para levar astronautas à Lua, é o único elemento do programa Constellation que não foi anulado pelo presidente americano, Barack Obama, no ano passado.

Bolden explicou que "o orçamento da Nasa estipula claramente que o transporte de astronautas à Estação Espacial Internacional será entregue a longo prazo aos sócios do setor privado, o que permitirá à agência espacial se concentrar na exploração do espaço profundo".

Deste modo, a Lockheed Martin Corporation seguirá trabalhando na cápsula espacial que poderá levar até quatro astronautas em missões de 21 dias no espaço profundo.

A cápsula pesará 23 toneladas e será dez vezes mais segura no lançamento e no retorno à atmosfera que suas antecessoras.

O ônibus espacial Challenger explodiu em 1986, durante o lançamento, e o Columbia se desintegrou em 2003, ao retornar à atmosfera terrestre.

Ainda não há uma data fixada para o lançamento da nova nave ou estimativa sobre o custo final do projeto, destacou Douglas Cooke, um dos responsáveis da Direção de Sistemas de Exploração Espacial da Nasa.

"A esta altura não temos uma data específica, mas com relação à exploração do espaço profundo, esperamos ter voos tripulados nesta década. Obviamente, não sabemos exatamente quando, mas será o mais cedo possível".

OSIRIS



Impressão artística mostra a nave espacial OSIRIS-Rex que a NASA planeja lançar em 2016 com destino a um asteroide para trazer de volta amostras para a Terra. A agência espacial disse que a nave não-tripulada não irá pousar no asteroide, mas vai chegar perto o suficiente para estender um braço robótico e arrancar as amostras da superfície AP/Nasa

A ATMOSFERA, NOSSO ESCUDO FOTOGRAFADO




Foto mostra onde termina a atmosfera terrestre e começa o espaço

31/05/2011

A Nasa (agência espacial americana) divulgou nesta terça-feira a foto tirada por astronautas da ISS (Estação Espacial Internacional, na sigla em inglês) que deixa claro onde termina a atmosfera do planeta Terra e começa o espaço.

A imagem foi tirada quando o ônibus espacial Endeavour ainda se encontrava acoplado à ISS. A nave atualmente faz o caminho de retorno à Terra.

O pouso será nesta quarta-feira (1º de junho), no Centro Espacial Kennedy, na Flórida (EUA), e está previsto para a 1h35 (horário de Brasília).

terça-feira, 24 de maio de 2011

PLANETAS SOLITÁRIOS




Astrônomos descobrem 'planetas solitários', sem estrelas
18 de maio de 2011

Astrônomos anunciaram nesta quarta-feira a descoberta de um fenômeno até agora inconcebível: planetas que não parecem atraídos por uma estrela e que, ao contrário, vagam solitários pelo universo. Em uma varredura do cosmos realizada por dois anos, 10 planetas com aproximadamente a massa de Júpiter, o maior planeta do Sistema Solar, foram encontrados a distâncias tão grandes da estrela mais próxima que se poderia dizer que alguns deles flutuam livres pela Via Láctea.

A pesquisa, publicada na revista científica britânica Nature, é inovadora no campo da ciência dos exoplanetas, como são denominados os planetas localizados fora do nosso sistema solar. Mais de 500 destes planetas foram identificados desde 1995. Mas estes são os primeiros do tamanho de Júpiter que foram encontrados orbitando a esta distância da estrela mais próxima ou parecem "desconectados" dela.

Os novos planetas foram descobertos em uma busca por objetos entre 10 e 500 unidades astronômicas (UA) de uma estrela. A UA é uma medida padrão, que compreende a distância entre a Terra e o Sol, de cerca de 150 milhões de km.

Por comparação, Júpiter está a apenas 5 UA do Sol, enquanto Netuno, o planeta mais longínquo no nosso Sistema Solar, a 30. A teoria da fundação planetária diz que os planetas são aglomerados de poeira e gás e são atraídos por suas estrelas, condenados a orbitar em volta delas até que a estrela queime todo o seu combustível.

O artigo sugere que estes planetas distantes se libertaram da atração gravitacional em uma fase muito precoce. "Eles podem ter se formado em discos protoplanetários e subsequentemente, se dispersado no vazio ou em órbitas muito distantes", afirmou.

O estudo foi escrito por duas equipes que usaram microlentes gravitacionais para analisar dezenas de milhões de estrelas da Via Láctea em um período de dois anos. Segundo esta técnica, uma estrela mais próxima passa em frente a outra, distante. O brilho da estrela longínqua é amplificado.

"As implicações desta descoberta são profundas", disse o astrônomo alemão Joachim Wambsganss em um comentário, também publicado na Nature. "Temos um primeiro olhar de uma nova população de objetos de massa planetária em nossa galáxia. Agora precisamos explorar suas propriedades, distribuição, estados dinâmicos e história", acrescentou.

A TERRA E A LUA





A sonda Messenger fez este registro da Terra e da Lua quando estava a 183 milhões de km do nosso planeta.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

EXOPLANETA HABITÁVEL



Climatologistas consideram exoplaneta potencialmente habitável

Simulação mostra o planeta 581d em órbita ao redor da estrela anã e um mapa de calor onde o vermelho seriam áreas quentes e o azul áreas mais frias


PARIS, 16 maio 2011 (AFP) - Um dos planetas que gira ao redor da estrela-anã Gliese 581 poderia ser "habitável", com clima propício para a existência de água em estado líquido e vida, segundo um estudo que uma equipe de climatologistas acaba de publicar.

Os astrônomos querem determinar se alguns dos 500 exoplanetas descobertos são aptos para abrigar a vida.

Sete vezes mais maciço que a Terra e aparentemente rochoso, o Gliese 581d "poderia ser o primeiro planeta potencialmente habitável" descoberto até hoje, anunciou esta segunda-feira o francês Centro Nacional de Pesquisas Científicas (CNRS) em um comunicado.

Detectado em 2007 a 20 anos-luz (1 ano-luz = 9,5 trilhões de quilômetros) do Sistema Solar, o Gliese 581d foi considerado na ocasião frio demais para ser "habitável", ou seja, não teria temperaturas compatíveis com a presença de água em estado líquido em sua superfície.

Este exoplaneta, que orbita ao redor de uma estrela pouco quente, uma anã-vermelha, recebe três vezes menos energia em comparação com a que a Terra recebe do Sol. Também é possível que tenha sempre a mesma face voltada para a sua estrela, enquanto a outra permanece em eterna escuridão.

Apesar das desvantagens, o Gliese 581d poderia se beneficiar de um efeito estufa, que lhe dá um clima "quente a ponto de permitir a formação de oceanos, nuvens e chuva", segundo uma modelização que ilustra "a grande variedade de climas possíveis para os planetas da galáxia", acrescentou o CNRS.

Nesta simulação, a equipe de Robin Wordworth e François Forget, do Laboratório de Meteorologia Dinâmica (LMD) do Instituto Pierre Simon Laplace de Paris, se inspirou nos modelos usados para o estudo do clima terrestre, ampliando a gama de condições possíveis.

Se tiver uma atmosfera densa em dióxido de carbono (CO2), o que é considerado muito provável pelos cientistas, o exoplaneta pode evitar a condensação de sua atmosfera na face noturna e inclusive ter um clima quente.

Após um fenômeno denominado "difusão Rayleigh", que dá a tonalidade azul ao nosso céu, a atmosfera terrestre reflete para o espaço uma fração importante do resplendor azul, limitando o aquecimento do nosso planeta. Um efeito que é pouco sensível com o vermelho, segundo os cientistas, cujos trabalhos foram publicados na revista científica "The Astrophysical Journal Letters".

O Gliese 581d, terceiro planeta que orbita ao redor da anã-vermelha, poderia estar em uma penumbra avermelhada, com uma atmosfera densa e uma espessa camada nebulosa.

ANEL DE SATURNO ESTÁ ENRUGADO



Impacto de cometas deixou marcas em anéis de Saturno e de Júpiter, mostra estudo


ANEL DE SATURNO ESTÁ ENRUGADO, DIZ PESQUISA

As imagens de Saturno, tiradas em 2009 pelo objeto espacial "Cassini", permitiram ver que um dos anéis do planeta está enrugado, ou seja, tem uma ondulação provocada, provavelmente, pelo impacto de uma nuvem de objetos, segundo um artigo publicado pela revista "Science". Uma equipe de pesquisadores liderada por Matthew Hedman, do Departamento de Astronomia da Universidade Cornell, em Ithaca (Nova York), estudou as imagens captadas pela nave espacial em um período próximo ao equinócio do planeta dos anéis.

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Como cientistas forenses que examinam impressões digitais na cena do crime, cientistas da Nasa (agência espacial americana) acabam de concluir uma análise minuciosa sobre a origem de ondulações nos anéis de Saturno e de Júpiter causada pela colisão de fragmentos de cometas há mais de dez anos.

Os resultados foram publicados na edição online da revista “Science” desta quinta-feira (31).

O culpado pela ondulação, no caso de Júpiter, foi o cometa Shoemaker-Levy 9, cuja nuvem de destroços atingiu o sistema de anéis em um ataque “kamikaze” em julho de 1994.

Os cientistas atribuem as ondulações dos anéis de Saturno a um objeto similar – outra nuvem de destroços de cometa – em colisão ocorrida no segundo semestre de 1983.

“O que é legal é que estamos encontrando evidências de que os anéis de um planeta podem ser afetados por eventos rastreáveis que ocorreram nos últimos 30 anos, e não há uma centena de milhões de anos”, explica o cientista Matthew Hedman, autor principal do estudo. Os pesquisadores utilizaram dados das sondas Cassini, Galileu e New Horizons.

"Encontrar essas impressões digitais ainda nos anéis é incrível e nos ajuda a entender melhor os processos de impacto em nosso sistema solar", disse Linda Spilker, cientista do projeto Cassini, com base no Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, na Califórnia.