quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

SUPERNOVA





Descoberta de supernova 11 horas após explosão revela novas características
Em Londres
15/12/2011

A descoberta de uma supernova em uma galáxia próxima à Terra 11 horas após sua explosão permitirá aos cientistas estudar as características desses sistemas pouco conhecidos, informou nesta quarta-feira a revista "Nature".

A supernova SN 2011fe foi observada na galáxia Messier 101 no último mês de agosto por uma equipe de cientistas liderada por Peter Nugent, do laboratório Lawrence Berkeley, nos Estados Unidos.

A explosão de uma estrela supernova em uma galáxia a 21 milhões de anos-luz deu a cientistas um raro vislumbre de como a explosão de estrelas pode gerar vida no universo. Astrônomos capturaram as imagens da explosão da supernova SN2011fe, na galáxia Cata-vento na constelação de Ursa Maior, apenas 11 horas depois do evento. BJ Fulton/AFP

Mario Hamuy, da Universidade do Chile, explica em artigo paralelo que esse achado permitirá investigar as particularidades das supernovas de tipo Ia, explosões estelares que constituem "uma ferramenta destacada em cosmologia, mas das quais se desconhece a natureza".

Existe o consenso que são uma classe de estrelas em explosão caracterizadas pela ausência de hidrogênio (o elemento químico mais abundante no Universo), que resultam da violenta explosão de uma anã branca, que é a remanescente de uma estrela que já completou seu ciclo normal de vida.

Normalmente, as anãs brancas, compostas de carbono e oxigênio, vão se apagando, ao não alcançar a temperatura suficiente para completar a fusão desses elementos.

No entanto, às vezes, se estão acompanhadas de outras estrelas, podem atrair a massa destas e momentaneamente ultrapassar o limite e entrar em colapso.

Se chegam a uma massa determinada, a temperatura aumenta até o ponto de possibilitar de novo a fusão do carbono e do oxigênio, o que, devido à grande pressão interior, gera uma explosão nuclear que dá lugar a uma supernova de tipo Ia.

Os cientistas constataram que a origem de uma supernova de tipo Ia é uma anã branca, mas a descoberta da SN 2011fe permitirá estudar que tipo de estrela é a acompanhante da anã branca, explicou Hamuy.

As primeiras observações desta supernova permitem descartar que, pelo menos neste caso, a acompanhante da anã branca seja o que se conhece como uma gigante vermelha, que é cem vezes mais luminosa que o Sol.

Os cientistas chegaram a esta conclusão porque, em caso contrário, teriam percebido seu rastro nas imagens prévias ao descobrimento da supernova.

Isto deixaria, segundo os modelos teóricos, outras duas opções: uma estrela subgigante, que são pouco mais luminosas que o Sol, ou outra anã branca, que é 10 mil vezes menos luminosa que este astro.

Embora a qualidade das imagens prévias, obtidas mediante telescópio, não permitam descartar estas outras duas opções, Hamuy frisa que eliminar a opção da gigante vermelha "representa um grande avanço em nossa compreensão das estrelas geradoras das supernova de tipo Ia".

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

DIONE & TITÃ




Sonda da Nasa faz sua maior aproximação a lua de Saturno
Cassini estará a apenas 99 km da superfície de Dione nesta segunda (12).
No dia seguinte, nave vai examinar Titã, maior lua de Saturno.

11/12/2011

A sonda Cassini, da Nasa , vai examinar de perto duas luas de Saturno nos próximos dias. Nesta segunda (12), ela vai estar a apenas 99 quilômetros da superfície de Dione, maior aproximação já feita a esse corpo celeste. No dia seguinte, ela estará a 3,6 mil quilômetros de Titã, a maior dos 18 satélites naturais do planeta.
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A nave foi lançada em 1997 para estudar a composição das luas de Saturno. Em Dione, seus instrumentos vão fornecer informações sobre a estrutura geológica do corpo celeste. Além disso, vai confirmar ou não se essa lua tem uma atmosfera rarefeita, como os cientistas acreditam.

Em Titã, cuja atmosfera é formada principalmente por nitrogênio, a sonda vai medir o comportamento dos ventos no polo norte do satélite na transição da primavera para o verão no local. Os cientistas também procuram por névoas.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

A VITÓRIA DA GRAVIDADE



Cientistas descobrem os 2 maiores buracos negros conhecidos
05 de dezembro de 2011

Buracos negros são os maiores conhecidos

Um grupo de cientistas descobriu os dois maiores buracos negros conhecidos até o momento, com uma massa quase 10 bilhões de vezes superior à do Sol, informa um artigo publicado nesta segunda-feira publicado pela revista especializada Nature.

Esses buracos negros, localizados em duas enormes galáxias elípticas a cerca de 270 milhões de anos-luz da Terra, são muito maiores do que se previa por meio de deduções dos atributos das galáxias anfitriãs. Segundo os especialistas, liderados por Chung-Pei Ma, da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, a descoberta sugere que os processos que influenciam no crescimento das galáxias grandes e seus buracos negros diferem dos que afetam as galáxias pequenas.

Os cientistas acreditam que todas as galáxias massivas com componente esferoidal abrigam em seus centros buracos negros gigantescos. As oscilações de luminosidade e brilho identificadas nos quasares do universo sugerem ainda que alguns deles teriam sido alimentados por buracos negros com massas 10 bilhões de vezes superiores à do Sol.

No entanto, o maior buraco negro conhecido até então, situado na gigantesca galáxia elíptica Messier 87, tinha uma massa de apenas 6,3 bilhões de massas solares. Os buracos negros são difíceis de serem detectados porque sua poderosa gravidade os absorve por completo, incluindo a luz e outras radiações que poderiam revelar sua presença.

Os cientistas avaliaram os dados de duas galáxias vizinhas a Messier 87 - NGC 3842 e NGC 4889 - e concluíram que nelas havia buracos negros supermassivos. Os cientistas usaram o telescópio Gemini do Havaí, adaptado com lentes especiais que permitem detectar o movimento irregular de estrelas que se movimentam perto dos buracos negros e que são absorvidas por eles.

Os pesquisadores constataram que a NGC 3842 abriga em seu centro um buraco negro com uma massa equivalente a 9,7 milhões de massas solares, enquanto, na NGC 4889, há outro com uma massa igual ou superior. Esses buracos negros teriam um horizonte de fatos, a região na qual nada, nem sequer a luz, pode escapar de sua atração, cerca de sete vezes maior do que todo o sistema solar.

Segundo os especialistas, o enorme tamanho dos buracos se deve à sua habilidade para devorar não só planetas e estrelas, mas também pequenas galáxias, um processo que teria sido produzido ao longo de milhões de anos.

PLANETA ÁGUA



Nasa anuncia descoberta de planeta que pode ter água

Em Washington
05/12/2011

Nasa (agência espacial americana) divulga concepção artística do primeiro planeta situado na chamada "zona habitável", em uma região onde se acredita que há água líquida. A descoberta foi feita no sistema planetário Kepler-22 a 600 anos-luz de distância.

Nasa/Ames/JPL-Caltech

O observatório espacial Kepler descobriu no sistema planetário Kepler-22, a 600 anos-luz de distância, o primeiro planeta situado na chamada "zona habitável", em uma região onde se acredita que pode haver água líquida, anunciou a Nasa (agência espacial americana) nesta segunda-feira em entrevista coletiva.

Os cientistas do Centro de Pesquisa Ames da Nasa anunciaram, além disso, que Kepler identificou 1.000 novos candidatos a planeta, dez dos quais possuem tamanho similar ao da Terra e orbitam na zona habitável da estrela de seu sistema solar.

O planeta Kepler-22b é o menor encontrado pela sonda espacial a orbitar uma estrela similar à da Terra na "zona habitável", aquela onde as temperaturas permitem o desenvolvimento da vida.

Apesar de não saber se o planeta (que é maior que a Terra) é rochoso, gasoso ou líquido, a subdiretora da equipe de cientistas do Centro Ames, Natalie Batalha, afirmou: "estamos cada vez mais perto de encontrar um planeta parecido com a Terra".

O observatório Kepler já tinha dado pistas anteriormente da existência de planetas com dimensões parecidas com o nosso orbitando em "zonas habitáveis", mas esta é a primeira vez que o fato é registrado.

Os cientistas, além da descoberta, também atualizaram o número dos candidatos a planetas na lista que começou a ser elaborada em 2009. Agora são 2.326 planetas, 207 possuem tamanho semelhante ao da Terra, 680 são maiores e se denominam "super Terras".

Entre os restantes, 1.181 possuem o tamanho de Netuno, 203 são equivalentes às dimensões de Júpiter e 55 são ainda maiores que Júpiter, o maior planeta de nosso Sistema Solar.

Lançada em março de 2009, a missão do observatório espacial Kepler é recolher dados e provas de planetas que orbitam ao redor de estrelas em "zonas habitáveis", onde pode existir água líquida e, portanto, vida.

O observatório espacial Kepler detecta os planetas e os candidatos a planeta mediante a medição das quedas no brilho de mais de 150 mil estrelas, que são observadas para analisar se estes possíveis planetas passam na frente dessas estrelas, um movimento conhecido como trânsito.

No entanto, essa técnica não é suficiente para verificar o sinal de um planeta. Apenas quando são registrados três trânsitos, o observatório inicia o processo para determinar se é ou não um possível planeta.

A MAIS BRILHANTE






















Imagem do eco de luz da estrela V838 Monocerotis, a 20 mil anos-luz da Terra, foi divulgada pela Nasa (agência espacial americana). Desde 2002, a estrela é considerada a mais brilhante da Via Láctea.

Reuters/Nasa