sexta-feira, 28 de outubro de 2011

ERIS




Planeta-anão Eris é menor que o esperado, descobrem astrônomos
Madri 26/10/2011

Concepção artística do planeta-anão Eris. Estudo publicado na revista Nature revela detalhes desse "gêmeo" de Plutão. Segundo os astrônomos, ele é menor que o imaginado.
ESO

Um grupo internacional de astrônomos descobriu que o tamanho do planeta anão Eris é menor do que se pensava, com dimensões inferiores a de Plutão, em uma pesquisa publicada pela revista "Nature".

José Luis Ortiz, do Conselho Superior de Pesquisas Científicas (CSIC, na sigla em espanhol), um dos centros espanhóis que participaram da pesquisa, detalhou nesta quarta-feira que os novos dados surpreendem ao reduzir o raio estimado de Eris em cerca de 1,163 mil quilômetros.

Este número está muito abaixo dos cálculos anteriores que o situavam entre 1,2 mil e 1,4 mil quilômetros e que o transformaram no maior objeto do Cinturão de Kuiper, uma região transnetuniana povoada por corpos rochosos e gelados.

Agora parece que Plutão, com um raio de entre 1,15 mil e 1,2 mil quilômetros, poderia recuperar o posto como o maior objeto desta região, segundo o CSIC. "No entanto, isto é difícil de precisar, já que Plutão tem uma atmosfera que interfere nas medidas do diâmetro", especificou Ortiz.

Eris foi descoberto em 2005 e os primeiros cálculos diziam que seu tamanho superava o de Plutão, o que contribuiu para que a União Astronômica Internacional deixasse de considerar este último como planeta.

Embora de início tenha se falado de um décimo planeta, finalmente se redefiniu o conceito que não incluía nem Eris nem Plutão, já que a União Astronômica decidiu que ambos passariam a integrar uma nova categoria de objetos, os planetas anões, reduzindo o número de planetas do sistema solar para oito.

O estudo também determina que o albedo de Eris (a fração de luz refletida em relação da que incide) é pelo menos de 90%, o que o transforma em um dos objetos mais brilhantes do Sistema Solar, já que apenas algumas luas de Saturno refletem uma porcentagem maior.

Sua massa e densidade, maiores que as de Plutão, sugerem que se trata de um corpo pouco rochoso e coberto por uma camada de gelo. Os resultados essenciais do trabalho foram obtidos a partir de dois telescópios no observatório de San Pedro de Atacama e La Silla, ambos no Chile.

Atualmente existem cinco planetas anões aceitos como tais, mas vários deles ainda estão sendo classificados. Além disso, a previsão é que, no futuro, sejam descobertos outros, chegando talvez a centenas, segundo Ortiz.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

A PRIMEIRA SUPERNOVA DOCUMENTADA




Nasa recria imagem da primeira supernova documentada


25/10/2011
Em Washington

A Nasa recriou a imagem da primeira supernova documentada, que foi observada por astrônomos chineses há quase dois mil anos e que teve suas fotos divulgadas nesta segunda-feira.

A Nasa (agência espacial americana) combinou dados de quatro telescópios espaciais diferentes para criar a imagem da supernova, conhecida como RCW 86, a mais antiga que consta dos registros de astronomia. As imagens foram combinadas para formar as cores azul e verde na imagem, que mostram que o gás interestelar se aqueceu a milhões de graus devido à onda expansiva da supernova. Já as partes amarela e vermelha revelam o pó que chega a várias centenas de graus abaixo de zero. A supernova RCW 86 está a aproximadamente oito mil anos luz de distância e está na constelação austral de Circinus que, segundo indica a Nasa como referência, é ligeiramente maior que a lua cheia Nasa/ESA/JPL-Caltech/UCLA/CXC/SAO

A Nasa combinou dados de quatro telescópios espaciais diferentes para criar a imagem da supernova, conhecida como RCW 86, a mais antiga que consta dos registros de astronomia.

Os astrônomos chineses foram testemunhas do evento que aconteceu no ano 185 d. C., quando descobriram uma estrela muito luminosa que permaneceu no céu durante oito meses.

As imagens de raios X do observatório XMM-Newton da Agência Espacial Europeia e do Observatório de Chandra, da Nasa, foram combinadas para formar as cores azul e verde na imagem, que mostram que o gás interestelar se aqueceu a milhões de graus devido à onda expansiva da supernova.

Os dados infravermelhos do Telescópio Espacial Spitzer, da Nasa, e da sonda Wise (Wide-field Infrared Survey Explorer), que são vistos em amarelo e vermelho, revelam o pó que chega a várias centenas de graus abaixo de zero, cálido em comparação com o pó cósmico habitual na Via Láctea, indicou a agência espacial.

Mediante o estudo dos raios X e dos dados infravermelhos, os astrônomos foram capazes de determinar que a causa daquela misteriosa explosão no céu foi uma supernova de tipo Ia, que se produz depois da violenta explosão de uma estrela anã branca.

A supernova RCW 86 está a aproximadamente oito mil anos luz de distância. Tem 85 anos luz de diâmetro e ocupa uma região do céu na constelação austral de Circinus que, segundo indica a Nasa como referência, é ligeiramente maior que a lua cheia.

CHUVA DE COMETAS




Concepção artística ilustra tempestade de cometas em torno da estrela Eta Corvi. A evidência foi detectada pelo telescópio Spitzer da Nasa (agência espacial americana) e é a primeira vez que uma chuva de cometas é vista em torno de outra estrela. Na imagem, é possível ver um cometa gigante caindo em um planeta e jogando gelo e poeira rica em carbono para o espaço.

Nasa/JPL-Caltech

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

A NEBULOSA DE ÓCULOS




A imagem divulgada pela Nasa (agência espacial americana) mostra a nebulosa Messier 78, que parece usar um par de óculos. O telescópio Spitzer mostra com profundidade a nebulosa, que tem cavidades esculpidas nas nuvens de poeira. Messier 78 é fácil de ser vista em pequenos telescópios e está localizada na constelação de Orion. A parte vermelha da imagem mostra estrelas recém-nascidas.

NASA/JPL-Caltech

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

A SUPERNOVA DE 1054



Concepção artística criada a partir de foto tirada pelo telescópio Hubble, que mostra o pulsar no centro da nebulosa do Caranguejo. Pesquisadores que usam o telescópio Veritas descobriram os pulsos de raios gama de alta energia provenientes da nebulosa.
David A. Aguilar (CfA) / NASA / ESA

Alta energia detectada na Nebulosa do Caranguejo desafia modelos da Física
Em Washington


07/10/2011

A Nebulosa do Caranguejo agitou a comunidade científica após a descoberta de que a energia que emana de seu interior é muito maior que a calculada até agora, questionando os modelos teóricos da Física, segundo um estudo publicado nesta quinta-feira na revista "Science".

Uma equipe internacional de cientistas do departamento de Física da Universidade de Washington, na cidade americana de Saint Louis, detectou que a intensidade de raios gama emitida pelo pulsar (estrela de nêutrons) do coração da nebulosa é muito superior à que os modelos teóricos comuns podem explicar.

Os cientistas, que utilizaram os dados obtidos pelos potentes telescópios que formam o complexo de observação Veritas, situado no Arizona, detectaram que a estrela de nêutrons tem energia superior a 100 bilhões de elétrons-volt (GeV).

Este número é muito superior aos 25 bilhões de elétrons-volt que até agora era o máximo de energia detectado pelo Veritas.

Os telescópios utilizam grandes espelhos e câmeras ultra-rápidas para detectar os brevíssimos brilhos de luz azulada (luz Cherenkov) produzidos pelas cascatas de partículas subatômicas geradas na interação dos raios gama de energia muito alta com a atmosfera.

"Estamos diante de algumas forças extremas e estas observações mostram que nossas teorias não encaixam e que sabemos menos sobre os pulsares do que pensávamos", indica Henric Krawczynski, astrofísico e um dos autores do estudo.

O pulsar da Nebulosa do Caranguejo é o vestígio da explosão de uma supernova registrada na Terra em 1054.

COLISÃO DE GALÁXIAS EM CORVUS



A imagem divulgada pela Nasa (agência espacial americana) mostra o par de galáxias Antenas que estão em colisão a cerca de 70 milhões de anos-luz de distância, na constelação de Corvus. A imagem foi obtida pelo projeto Alma e também com observações do Telescópio Espacial da Nasa. A finalidade do projeto é estudar os processos que ocorrem algumas centenas de milhões de anos após a formação do universo, quando as primeiras estrelas começaram a brilhar.