segunda-feira, 17 de agosto de 2009

PLUTÃO - O PLANETA ANÃO


Em 24 de Agosto de 2006 foi definido que um corpo celestial para ser considerado um planeta deve atender aos seguintes parâmetros:

1) Deve orbitar em torno de uma estrela.
2) Deve ter massa suficiente para ter gravidade própria.
3) Deve assumir uma forma arredondada.
4) Deve ser dominante na órbita que apresenta.

Plutão foi descoberto em 1930 por Clyde W. Tombaugh.


Em 1978 foi descoberto o satélite Caronte. Uma série de fotos revelam que sua translação é cerca de 6,39 dias, que parece coincidir com a rotação do planeta anão. Se confirmada, essa coincidência será única no Sistema Solar, ou seja, o satélite nunca nasce nem se põe.Isso permitiu melhores medidas a respeito de Plutão e Caronte após uma série de eclipses entre eles no ano de 1985. Plutão tem um diâmetro de 2360 km e o satelite Caronte tem um diâmetro de 1210 km.

Em 2005 dois novos satélites foram descobertos pelo Telescópio Espacial Hubble, foram batizados com o nome de Nix e Hidra respectivamente. Eles são pequenos, com um tamanho entre 40 a 160 quilometros.

Plutão está normalmente mais longe do Sol, no entanto, devido à excentricidade de sua órbita, vez por outra está mais próximo do sol que Netuno. Plutão atravessou a órbita de Netuno em 21 de Janeiro de 1979 e permaneceu dentro da órbita de Netuno até 11 de Fevereiro de 1999. Este fato só ocorrerá de novo em Setembro de 2226.

Descoberto por Clyde W. Tombaugh
Data da descoberta 18 de Fevereiro de 1930
Massa (kg) 1.27e+22
Massa (Terra = 1 ) 2.125e-03
Raio equatorial (km) 1,137
Raio equatorial (Terra = 1) 0.1783
Densidade média (gm/cm^3) 2.05
Distância média ao Sol (km) 5,913,520,000
Distância média ao Sol (Terra = 1) 39.5294
Período orbital (anos) 248.54
Velocidade orbital média (km/seg) 4.74

07/08/2009 - 08h50
Plutão pode ganhar 30 parceiros com a denominação de Planeta-anão.
O principal responsável por Plutão ter sido rebaixado três anos atrás diz que o ex-planeta já tem muitos companheiros para se juntar a ele, e que ninguém precisa se preocupar com a solidão do pobre astro. Para o astrônomo americano Michael Brown, apesar de oficialmente só existirem quatro outros planetas-anões (atual classificação de Plutão), há centenas a serem descobertos.O próprio pesquisador, que trabalha no Instituto de Tecnologia da Califórnia, diz que há provavelmente 30 objetos já qualificados. Brown descobriu cerca de 20 deles. Os três já ratificados pela IAU (União Astronômica Internacional) são Eris, Makemake e Haumea.
24.ago.06/Reuters
Imagem do telescópio Hubble com Plutão e o satélite Caronte; astro pode ganhar até 30 parceiros na classificação de planeta anão.
O carrascoBrown é apontado como o carrasco de Plutão por ter achado Eris em 2005. Como o novo objeto era o maior dos dois, astrônomos se viram na obrigação de promovê-lo a planeta, ou então de rebaixar Plutão."A segunda coisa era realmente a mais sensata", disse Brown à Folha ontem, antes de apresentar uma palestra na Assembleia Geral da IAU, no Rio. Com a proliferação de novos planetas-anões, que mal começou, ele rejeita o rótulo de culpado pelo rebaixamento. "Se há algum culpado, é Plutão, por ser muito pequeno."Com exceção de Ceres, que fica perto do cinturão de asteroides, todos os planetas-anões oficiais estão em uma faixa orbital chamada cinturão de Kuiper, a mesma região de Plutão. Segundo Brown, só não conhecemos mais planetas-anões porque o céu não foi suficientemente investigado."Nós já cobrimos cerca de 50% do céu, principalmente no hemisfério Norte" conta o pesquisador, que mora numa casa em Los Angeles, a três horas de distância do Observatório Palomar, onde realiza seus trabalhos. "Grandes telescópios que devem ser construídos na Austrália e no Chile sul vão cobrir mais 30% disso", conta.Depois de passar mais de dois anos recebendo mensagens de pessoas descontentes com a destituição do astro, Brown diz que agora o fenômeno arrefeceu. Os devotos da astrologia estavam entre os que mais reclamavam. "Eu dei um bônus para eles", diz Brown. "Plutão não é mais planeta, mas os astrólogos ganharam agora vários planetas-anões com os quais mexer."O maior número de planetas-anões que está por vir, porém, não é do cinturão de Kuiper. Segundo Michael Brown, deve existir uma série de planetas com órbitas alongadíssimas, cerca de vinte vezes mais distantes que Plutão.Um objeto com essas características, batizado de Sedna, foi achado em 2003 por Brown. "Estamos procurando outro assim. É o que mais queremos achar, mas até agora nada."O problema, diz, é que Sedna, que leva 12 mil anos para circular o Sol, só pode ser visto porque está num ponto mais aproximado de sua órbita. Outros planetas-anões de órbita superesticada só poderão ser encontrados por grandes varreduras celestes futuras. "Se esses projetos vingarem, poderemos achar mais dezenas ou até centenas de Sednas."Sem possibilidade de descobrir novos planetas agora, o astrônomo resolveu se dedicar mais a estudar os objetos que já havia apontado.Ontem, Brown apresentou uma palestra sobre o exótico Haumea. Já se sabe que ele é um corpo rochoso ovalado coberto de uma camada relativamente fina de gelo puríssimo. Ele roda extremamente rápido, uma volta a cada 4 horas, e possui duas luas.Brown defende a teoria de que isso tudo é sinal de que houve uma colisão fortíssima que originou seus satélites.Ele explica que Haumea é originalmente o nome da deusa havaiana da fertilidade. No mito, os filhos surgem de pedaços do corpo arrancados da mãe.Estudar crenças de povos tradicionais, aliás, é outra coisa à qual Brown tem se dedicado. Além de ser divertido, diz, é útil, pois a IAU em geral só aceita nomes derivados de figuras mitológicas."Eu me divirto", diz, explicando as origens dos nomes. Makemake, flagrado num dia de Páscoa, ganhou o nome de uma divindade da ilha de Páscoa. Eris, por ser frio e distante, foi batizado com o nome da deusa grega da discórdia, responsável pela guerra de Troia.

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