terça-feira, 7 de julho de 2015

O SOBREVOO DE PLUTÃO


Concepção artística da sonda New Horizons, da Nasa

Sobrevoo histórico de Plutão deve acontecer apesar de falha em sonda, diz Nasa

06/07/2015
A agência aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa, na sigla em inglês) informou nesta segunda-feira (6) que espera que a espaçonave New Horizons volte a funcionar na terça-feira depois que uma falha no computador no fim de semana ameaçou seu sobrevoo histórico sobre Plutão.

Ao chegar ao fim de uma jornada de 9,5 anos aos confins inexplorados do Sistema Solar, a New Horizons perdeu contato de rádio com a Terra durante angustiantes 81 minutos no sábado.

A causa do problema foi uma falha de cronometragem na última leva de softwares carregados nos computadores da espaçonave, disse a Nasa num relatório da situação divulgado na noite de domingo.

A missão irá proporcionar as primeiras observações próximas de Plutão quando a sonda passar a 12.550 quilômetros do planeta gelado perto das 10h50 (horário de Brasília) de 14 de julho.

"Agora, com Plutão à vista, estamos prestes a retomar as operações normais", declarou o diretor de ciência planetária da Nasa, Jim Green, em comunicado.

O diagnóstico e os esforços de recuperação foram dificultados pelo lapso de 9 horas entre a base e a espaçonave, que está a quase 5 bilhões de quilômetros da Terra.

A pequena sonda não carrega a quantidade necessária de propelente para reduzir sua velocidade e fazê-la entrar na órbita de Plutão.


Desde que Mike Brown, pesquisador do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech, na sigla em inglês), nos Estados Unidos, anunciou ter descoberto um corpo rochoso maior e mais distante do que Plutão, os astrônomos passaram a suspeitar do status do nono planeta do Sistema Solar. Mesmo ganhando do diâmetro de Plutão por apenas 20 quilômetros, Eris era menor do que a Lua para ser considerado um planeta, além de estar muito próximo do cinturão de Kuiper. Foi, então, que a União Internacional Astronômica (IAU, na sigla em inglês) acabou com o problema ao criar a nova categoria "planeta-anão" para descrever corpos celestes bastante massivos (o suficiente para que a própria gravidade possa "moldá-lo" em uma forma quase esférica), mas que são menores que Mercúrio e com muitos objetos próximos de sua órbita. Acima, concepção artística compara os tamanhos da Terra e da Lua com os primeiros planetas-anões descritos pela IAU: Ceres, Eris e Plutão

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