terça-feira, 1 de março de 2011

FORMAÇÃO PLANETÁRIA




ESO: pesquisadores detectam possível formação planetária
24 de fevereiro de 2011


Concepção artística do disco em torno da jovem estrela T Cha
Foto: ESO/Divulgação

Estudos realizados por pesquisadores internacionais, utilizando o Very Large Telescope (VLT) da ESO, na Região de Antofagasta, no Chile, revelaram um disco em torno de uma estrela jovem que, segundo os cientistas, pode significar as fases iniciais da formação de um sistema planetário. Pela primeira vez foi detectado um "companheiro" menor que pode ser o causador de um grande espaço vazio encontrado no disco. De acordo com os cientistas, indícios sugerem que o objeto não é uma estrela normal. Observações futuras poderão determinar se é uma estrela anã rodeada de poeira ou, mais excitante ainda, um planeta recém-formado.

Segundo a ESO, os planetas formam-se a partir de discos de matéria em torno de estrelas jovens, mas a transição para sistema planetário é rápida, o que faz com que poucos objetos sejam observados durante essa fase. Um destes objetos é a T Chamaeleontis (T Cha), uma estrela de baixa luminosidade situada na pequena constelação de Camaleão que, embora comparável ao Sol, se encontra ainda no início da sua vida. Até agora nunca foram encontrados planetas em transição nestes discos, embora já tenham sido vistos planetas em discos mais maduros.

"Estudos anteriores mostraram que a estrela é excelente para estudar a formação de sistemas planetários," diz Johan Olofsson, autor principal de um dos dois artigos científicos que descrevem este novo trabalho, publicados na revista Astronomy & Astrophysics.. "Mas esta estrela encontra-se muito distante de nós e por isso necessitamos de toda a capacidade do telescópio para podermos observar os detalhes."

Numa primeira fase os astrônomos descobriram que uma parte do material do disco formou um anel de poeira fino a apenas 20 milhões de km da estrela. No entanto, encontrar uma companheira de fraca luminosidade tão perto de uma estrela brilhante é um desafio. Depois de uma análise, a equipe encontrou a prova de um objeto situado no interior do disco de poeira. Esta é a primeira detecção de um objeto menor do que uma estrela no interior de um espaço vazio de um disco de poeira.

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